Condições climáticas em junho causaram impacto no cultivo de 2ª safra e de inverno, diz Conab
As chuvas do início de junho favoreceram o desenvolvimento do feijão e do milho terceira safras na região do Sergipe, Alagoas e Bahia (Sealba), mas dificultaram o plantio e o estabelecimento do trigo no Rio Grande do Sul. Nas demais áreas do país, predominou o tempo seco, favorecendo a maturação e a colheita do algodão e do milho segunda safra, mas restringindo o desenvolvimento do milho em estágio reprodutivo e do trigo em diferentes estágios. A análise está na edição de junho do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O estudo mensal apresenta a análise das condições agroclimáticas e de imagens de satélite dos cultivos de verão da safra 2023/2024.
Conforme o boletim, houve uma predominância de áreas com anomalias negativas do Índice de Vegetação (IV).
Segundo a Conab, isso deve-se, principalmente, à antecipação da colheita do milho e ao atraso na semeadura e no desenvolvimento do trigo.
A falta de chuvas e as altas temperaturas, durante o desenvolvimento do milho, anteciparam a maturação em algumas áreas e causaram impacto nas lavouras em estágio reprodutivo. “O trigo semeado mais cedo, em áreas do Centro-Oeste, do Sudeste e do Paraná, também sofreu restrição hídrica e teve o desenvolvimento prejudicado. Nas regiões Oeste Catarinense e Noroeste Rio-Grandense, os gráficos de evolução do IV mostram o atraso na semeadura e no desenvolvimento dos cultivos de inverno.”