Ameaças de deslizamento no RS impedem Leite de viajar para evento do BNDES no Rio
Nova ameaças de deslizamento no Rio Grande do Sul, por conta do retorno das chuvas, impediram o comparecimento do governador do Estado, Eduardo Leite, em evento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no Rio de Janeiro. Também impediram o secretário extraordinário da Presidência, Paulo Pimenta, de entrar online no mesmo evento, devido a uma reunião de emergência na Casa Civil.
“Estava indo em direção ao aeroporto, quando tivemos que tomar a decisão de ficar no Rio Grande do Sul por conta do que estamos vivenciando em mais um episódio de muitas chuvas que trazem muitos transtornos em muitos municípios aqui do nosso Estado”, disse Leite em transmissão online de Caxias do Sul, uma das cidades mais afetadas.
Leite afirmou que o que está acontecendo no Rio Grande do Sul deverá ser o maior desastre climático do Brasil em termos de extensão territorial, do número de municípios e de todas as regiões que foram atingidas, e também o de maior impacto econômico e financeiro.
“O impacto que ele tem no nosso PIB, na nossa produção, desde a agropecuária, a indústria, o setor de serviços, a logística que foi comprometida, o aeroporto que ainda está fechado, as estradas que foram bloqueadas, boa parte delas liberadas, mas ainda em caráter emergencial. Todo esse impacto traz um enorme desafio de reconstrução”, disse Leite, ressaltando que todas as ações estão sendo realizadas em parceria com os municípios, Estado e governo federal.
De acordo com o governador, será feita uma parceria estratégica com o BNDES para viabilizar estudos e projetos que possam dar resiliência ao Estado, contando com uma análise ampla das regiões mais afetadas nesse último evento climático. Segundo ele, serão feitos estudos e projetos com o banco para desenvolver desde os sistemas de proteção a sistemas de alerta robustos para o Rio Grande do Sul, e que pode ser aplicado a outros estados, que também poderão enfrentar problemas semelhantes com a nova realidade climática.
“Essa parceria com o BNDES, essa parceria estratégica que estamos alinhavando e que em breve vai estar formalizada e viabilizando esses estudos e projetos vai ser muito importante”, disse Leite. “O governo do Rio Grande do Sul poderá estar preparado para o futuro, num grau que será, sem dúvida nenhuma, referência para o Brasil”, concluiu.