Conheça a história de Angélica Paes, gari e escritora de Petrópolis premiada internacionalmente
Premiada na Suíça e nos Estados Unidos, autora marcará presença no Solstício do Som neste sábado (15), na Praça da Liberdade, às 14h30
Angélica Paes, moradora de Petrópolis, é um exemplo de superação e talento reconhecido internacionalmente. Autora de “A menina que não podia ser escritora por ser negra”, “Menina solitária, a escuridão no interior”, “Periféricas” e “O dia a dia em forma de poesia”, ela enfrentou desde cedo dificuldades por causa da dislexia e do TDAH, aprendendo a ler aos nove anos. Hoje, além de trabalhar na Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep), contribui significativamente para o cenário literário.
Neste sábado (15), a autora estará presente no Solstício do Som, na Praça da Liberdade, às 14h30. Na ocasião, ela participará de uma entrevista literária conduzida pela jornalista Sandra Brito, apresentando seu primeiro livro “A menina que não podia ser escritora por ser negra”. A obra é inspirada em sua própria história de enfrentamento ao preconceito na infância. “Sofri muito por ser negra, ter TDAH e dislexia. Minha mãe sempre me apoiou, ensinando que eu poderia ser o que quisesse, apesar das dificuldades”, lembra.
Ao longo deste ano, Angélica participou de eventos literários significativos, como a Flipetrópolis e o Festival Ler, que ela enxerga como essenciais para ampliar horizontes culturais e promover a diversidade na literatura. Durante o 1º Festival Literário de Petrópolis (Flipetrópolis), além de sua família, seus colegas de trabalho estiveram presentes para prestigiar Angélica.
Em março de 2023, a escritora foi homenageada no Salão de Genebra, na Suíça, onde recebeu o Prêmio Talentos Helvéticos Brasileiros, que reconhece os autores de destaque do Brasil e da Suíça. Além disso, foi nomeada na Academia Independente de Letras (AIL) em dezembro. Este ano, Angelica também recebeu o Prêmio Minas Gerais de Saberes. “Participar desses eventos é uma oportunidade para nós, autores, divulgarmos nossas obras e estarmos mais próximos dos leitores”, comenta.
Como funcionária da Comdep, Angélica equilibra suas responsabilidades na coleta seletiva com sua paixão pela escrita e atuação. “Quando eu e meu esposo fizemos o concurso, eu já sabia que teria que me sacrificar um pouco mais, mas sem jamais abandonar o ramo artístico, pois a cultura é minha essência. A Comdep é como uma mãe para mim, oferecendo um serviço tranquilo que me permite conciliar minhas atividades. Trabalho pela manhã e, ao chegar em casa à tarde, reservo dois dias para escrever livros, peças e filmes, enquanto os outros dias são dedicados aos estudos. Sempre encontro tempo para a família, meu esposo e outros compromissos importantes”, explica.
Com planos futuros de expandir sua carreira como escritora e motivar pessoas através da arte, Angélica almeja abrir uma biblioteca comunitária para promover a leitura e a diversidade cultural em Petrópolis.
Os livros de Angelica Paes estão disponíveis para compra na Amazon e na Livraria Nobel Petrópolis. Para acompanhar seu trabalho, visite @escritoraangeloficial nas redes sociais.