Lixo: Prefeitura arrisca fabricar mais uma crise desnecessária

E a prefeitura é mesmo destemida.  Faltando pouco mais de um mês para encerrar o prazo dos contratos emergenciais de coleta de lixo – encerra dia 16 de julho – nada de licitação ter sido aberta. No ano passado, a prefeitura tentou dividir o assunto lixo em três licitações diferentes, mas os pregões foram suspensos pelo Tribunal de Contas do Estado por irregularidades. A prefeitura também tentou fazer emergencial, mas foi barrada, O caso foi parar na justiça, que liberou os emergenciais por seis meses apenas. Mesmo perto de acabar o prazo, nenhuma licitação foi aberta.

Buraco negro

A única coisa que serviu esse imbróglio do lixo é que, recentemente, com atrasos nos pagamentos dos emergenciais, a prefeitura peticionou à justiça uma audiência para negociar descontos, alegando caixa fraco. Foi nesta petição que o procurador-geral Miguel Barreto, abriu seu coração e falou da penúria financeira das finanças públicas, que todo mundo já imaginava, mas que somente neste ato falho a prefeitura acabou tornando público.

Mas já babou?

A notícia foi trazida por membros do Conselho Municipal de Trânsito que foram convocados para reunião mensal do órgão ontem à noite: já babou os R$ 241 milhões que a prefeitura quer pegar de empréstimo com o governo federal para renovar a frota de ônibus. O plano é trocar 70% dos ônibus, mas esbarra em probleminha: o governo federal só quer fazer esse financiamento milionário, a ser pago em 20 anos, se prefeitura assumir a operação das linhas e isso a gestão local não quer não.

LED da discórdia

“Ele está se comportado de forma desprezível no segundo distrito”. Essa é a declaração mais fofa que separamos do vereador Chitão se referindo ao vice-prefeito Paulo Mustrangi. Mas, aí fomos ver qual seria o motivo, Diz Chitão que Mustra o tratou com desprezo e que está 24 horas por dia em Cascatinha acompanhando a colocação de lâmpadas de LED ‘como se fosse gerente de operação da empresa’, reclama Chitão. Ah, todo mundo sabe que colocação de lâmpada é com vereador, ô Mustrangi, invadindo o território alheio.

Fura fila

Existe uma lei que determina que os pagamentos feitos pela prefeitura devem obedecer a uma ordem cronológica. Neste estado de penúria, no entanto, todo mundo já notou que tem uma fila sendo furada. Farinha pouca, meu pirão primeiro.

E o Desenvolvimento Econômico?

Os vereadores querem que a prefeitura apresente oficialmente mais números financeiros – hoje são convocadas para apresentarem relatórios quadrimestrais em audiências públicas a Fazenda e Saúde – ampliando para Educação, Defesa Civil, CPTrans Comdep e Inpas. E aí fica a sugestão: por que não saber o que tem feito a Secretaria de Desenvolvimento Econômico? Porque se estamos em estado de penúria, a pasta deve estar trabalhando horrores para reverter atraindo empresas.

É mais trabalhoso

Mas, vamos repetir com calma para ver se os vereadores entendem: não adianta fazer audiência pública e ter a presença de dois, três vereadores apenas. E pode fazer quantas audiências públicas quiserem, mas depois é necessário debruçar sobre os dados apresentados e fazer contas, averiguar, questionar, investigar, acionar a justiça…

Não cabe todo mundo

A CPTrans, segundo os funcionários concursados, não tem sala e cadeira para todo mundo, se todos os nomeados forem trabalhar, tipo uma flash mob, no mesmo dia na sede da empresa, na Alberto Torres. A solução é escalonar. Pessoal pensa em dividir pelo número que calça: os que calçam ímpar vão segunda e quarta e os que calçam par, às terças e quintas. Sexta é ponto facultativo que ninguém é de ferro.

Contagem

Petrópolis está há 1 ano e 34 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

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