• Empresas de tecnologia adaptam-se com mais facilidade em outro país

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  • 10/jun 07:49
    Por Cristiane Barbieri e Aline Bronzati / Estadão

    Fundada em 2012, a Ebanx – que faz pagamentos globais para plataformas de comércio eletrônico – já tem metade do volume de suas transações em dólar. Além de América Latina e China, a fintech começa a se expandir pela Índia e pelo continente africano para fazer com que os consumidores daqueles países façam operações em suas moedas locais, comprando em qualquer lugar do mundo. A empresa é apenas um exemplo de companhia nacional que tem buscado a internacionalização de seus serviços.

    A consultoria de transformação digital CI&T, que abriu capital na Bolsa de Nova York, também tem apostado na diversificação. A empresa tem cerca de 40% de sua receita de R$ 2,2 bilhões proveniente do exterior.

    No setor de construção, a Tigre, que já era líder em vários países da América Latina, ergueu uma fábrica nos Estados Unidos e adquiriu a Dura Plastics, na Califórnia, antes da entrada da gestora Advent. “Fez parte da nossa tese de investimento ter um crescimento um pouco mais estruturado nos Estados Unidos, que ainda tem um mercado fragmentado nessa área”, diz Rogério Cafruni, chefe de criação de valor da Advent International. “Acabamos de trazer um chefe novo para a região e estamos trabalhando para identificar oportunidades tanto de crescimento orgânico quanto novas aquisições.”

    “Nossa proposta é investir em empresas de elevado crescimento e que tenham ambição de atuação nas Américas do Sul, do Norte e Central”, diz o sócio do Grupo Leste, de private equity (que compra fatias em empresas), Eduardo Karrer. “Empresas que queiram se internacionalizar, não somente sair do Brasil e exportar, mas se tornarem efetivamente multinacionais (estão no foco)”, diz o sócio Fabrício Bossle.

    A Scanntech, da área de TI, tem começado a estudar os custos de expandir a operação internacional. Apesar de ter nascido no Uruguai, a companhia tem no Brasil seu principal mercado.

    De acordo com Carlos Penteado Braga, coordenador do centro de inovação e ESG da Fundação Dom Cabral, empresas de tecnologia têm vantagem nessa expansão internacional, uma vez que não há necessidade de montar estruturas produtivas. Um escritório e alguns representantes bastam para abrir uma frente em outro país. “No caso de indústrias, o processo é mais custoso e geralmente começa com uma estrutura de distribuição terceirizada”, afirma.

    PARCERIA

    Os fundos de private equity dizem ter uma vantagem na hora da internacionalização: a rede de profissionais espalhados pelos principais mercados, que os ajudam tanto a tomar a decisão de investimento no exterior quanto a implementar planos de negócios. “São especialistas que as companhias sozinhas não acessariam”, afirma Frances Fukuda, responsável pela área de criação de valor da Warburg Pincus no Brasil.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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