Das 19 vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, apenas duas atingem a meta de cobertura em Petrópolis neste ano. Os dados são do Ministério da Saúde. No topo da lista, está a dose contra a hepatite B, para crianças menores de 30 dias, que atingiu cobertura de 116,38%. Já o pior índice, é do imunizante contra febre amarela, que atingiu apenas 53,79% do público-alvo – a meta é de 95%.
A vacina contra o sarampo (tríplice viral) também atingiu a meta, com 100,28% de cobertura na primeira dose. No entanto, a segunda dose ainda está devagar, chegando a apenas 73,86% do público-alvo.
O Ministério da Saúde alerta que a baixa vacinação pode fazer com que doenças erradicadas voltem, como aconteceu com o sarampo. Na última semana, o Brasil comemorou dois anos sem casos da doença, mas o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, voltou a apontar a necessidade da alta cobertura vacinal.
“Para que o Brasil possa continuar sem casos, é fundamental alcançar coberturas vacinais de, no mínimo, 95% de forma homogênea, visando a proteção da nossa população diante da possibilidade de ocorrência de casos importados do vírus e reduzindo assim o risco de introdução da doença. Além do que, garante a segurança até mesmo das pessoas que não podem se vacinar”, alertou.
O alerta é importante já que o sarampo continua ativo em outras partes do mundo. Na Europa, por exemplo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o aumento de casos como “alarmante”, após uma alta de mais de 3000% em um ano.
Campanha contra a pólio vai até sexta
Termina nesta sexta-feira (14) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, que teve o “Dia D” no último sábado (08). Em Petrópolis, as 15 salas de vacinação aplicam as doses. A doença é grave e pode causar paralisia permanente.
“Todos os responsáveis de crianças de 1 ano a menores de 5 anos devem separar o cartão de vacina e o CPF e, a partir do dia 3 de junho, procurar uma das 15 salas de vacinação para imunizar suas crianças. Esta campanha marca um momento histórico na transição para a utilização exclusiva da vacina VIP em 2025, e cada dose aplicada é fundamental para a saúde de nossos pequenos”, destacou Thayene Varela, chefe da Divisão de Imunização da Secretaria de Saúde.
Os dados do Ministério da Saúde apontam que a dose da pólio injetável (VIP) chegou a 81,53% do público-alvo. Já a pólio oral bivalente, teve a taxa de cobertura em 74,24%. A meta de ambas as aplicações é de 95%.
“Graças à vacinação, a poliomelite não faz mais parte do nosso cenário epidemiológico, tendo o último caso confirmado em 1989. Embora tenhamos eliminado a doença em nosso país, ela ainda existe no mundo e por isso é muito importante que os pais levem seus filhos para tomar a vacina e garantir a saúde das crianças”, declarou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.