Diretor-geral da PF defende piso orçamentário para segurança
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, declarou na sexta-feira, 7, que é importante haver um orçamento definitivo para a segurança pública. O discurso ocorreu durante o segundo dia do Seminário Internacional sobre Segurança Pública, Direitos Humanos e Democracia.
“Não é aceitável que nós façamos um planejamento de um ano, com projetos de lei, lei orçamentaria, tudo bonito. A gente começa a execução e simplesmente acabam os nossos meios para fazermos aquilo que a gente planejou. Aí os resultados não vêm”, explica o agente.
Segundo Rodrigues, a sua gestão sugeriu uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) a fim de garantir para a área direitos fundamentais. Ele relata que o fundo orçamentário da instituição é contingenciado, o que impede a realização de trabalhos.
“A polícia é superavitária. Se nós deixarmos todas taxas que arrecadamos, todos os valores que arrecadamos com a nossa área de polícia administrativa, os nossos investimentos são cobertos por esse fundo. Só que nosso fundo é contingenciado. Então, nada está resolvido”, declara.
De acordo com diretor-geral, a PF tem trabalhado com três prioridades: foco na autonomia da equipe de investigação, sem interferências políticas ou quaisquer outras que sejam. A qualidade da prova “nosso trabalho tem que ser focado em buscar qualidade naquilo que vamos apresentar ao sistema de Justiça Criminal” e, sobretudo, na responsabilidade do investigador.
Rodrigues também afirma estar modernizando e inovando a PF. Ele cita que a organização criou seis novas diretorias, fundamentais para o trabalho atualmente e que contribuem para a integração com outras organizações.
“Segurança pública não se resolve com frases de efeito, não se resolve com espetáculo, não se resolve de maneira midiática. Se resolve com trabalho, com dedicação, com técnica, com seriedade e com esse processo de integração”, argumenta.
Ele também defende que os agentes policiais são essenciais para garantir os direitos da população.
Eles são a face visível do Estado brasileiro e enfrentam o desafio “permanente, continuo e diário de estar nesse contato com o público”, comenta.