Lula defende política turismo às florestas e diz que há pessoas que querem ‘passar motosserra’
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a cobrar uma política de desenvolvimento do turismo para que haja incentivo à população brasileira visitar Estados com florestas. Após ter assinado diversos atos em ocasião ao Dia Mundial do Meio Ambiente, Lula disse que ainda há pessoas que ficam com “raiva” de tais atos e defendem que se “passe a motosserra”.
“Nós temos uma riqueza imensa, entretanto, não temos uma política de desenvolvimento do turismo para visitar essas nossas florestas”, comentou Lula, em coletiva de imprensa em ocasião à data nesta quarta-feira, 5. “É importante que, junto com isso assinatura de atos, a gente pense no desenvolvimento dos Estados”, citando que o País poderia aproveitar o turismo para desenvolver as regiões nacionais.
No evento desta manhã, Lula assinou uma série de atos, dentre eles, um decreto que altera a regulamentação da Lei de Gestão de Florestas Públicas, um decreto que altera o Programa Cidades Verdes Resilientes e um decreto que cria o Programa Nacional de Conservação e Uso Sustentável dos Manguezais. O presidente, contudo, pontuou que ainda não há unanimidade no País sobre a necessidade de preservação das áreas florestais.
“Você sabe que tem muita gente que fica com raiva quando a gente faz um decreto desse. Tem muita gente que acha que isso aqui era preciso passar motosserra e acabar com essa floresta para plantar qualquer coisa, quando hoje está claro que manter uma floresta em pé e bem cuidada pode ser tão rentável para o Estado e os povos do que qualquer outros investimentos”, pontuou. “É apenas uma questão de compreensão e opção para que a gente leve mais a sério essa questão ambiental.”
De acordo com o presidente, o governo federal quer “dar consciência” de que a questão ambiental não é mais uma questão ativista nem universitária, mas que abrange o Brasil inteiro.
No evento, compareceram os governadores da Bahia, Jerônimo Rodrigues; do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; de Roraima, Antonio Denarium; do Acre, Gladson Cameli; do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel; e do Pará, Helder Barbalho. Ao final da fala, Lula justificou que deixaria a coletiva de imprensa para se reunir com tais governadores.