• Prejuízos por tempestades no RS sobem para R$ 11 bi, diz CNM; no agro, perdas somam R$ 3,4 bi

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 29/maio 17:01
    Por Maria Luiza Valeriano, especial para a AE / Estadão

    Levantamento parcial da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revela que as tempestades registradas desde 29 de abril no Rio Grande do Sul provocaram pelo menos R$ 11 bilhões em prejuízos financeiros, R$ 600 milhões a mais ante o reportado na sexta-feira, 24. Os números contabilizam perdas de municípios que enviaram os dados à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

    A confederação esclarece que os impactos são informados pelos próprios municípios. São dados parciais, relatados à medida que os danos são contabilizados.

    A CNM estima que 4,1 milhões de pessoas tenham sido afetadas, sendo que 445 seguem desaparecidas e foram reportadas 169 mortes, de acordo com dados da Defesa Civil e extraídos do sistema do Ministério de Desenvolvimento.

    A confederação calcula que 471 municípios foram afetados, sendo 340 com reconhecimento estadual e federal de situação de emergência e 78 em estado de calamidade pública. Destes, apenas 130 municípios informaram os valores de danos e prejuízos, o equivalente aos R$ 11 bilhões.

    Segundo a CNM, dos prejuízos financeiros relatados, R$ 4,6 bilhões referem-se ao setor habitacional, com 109,7 mil casas danificadas ou destruídas, R$ 3,9 bilhões foram relatados no setor privado e R$ 2,5 bilhões no setor público.

    A agropecuária é o setor econômico privado com mais perdas financeiras levantadas, somando R$ 3,4 bilhões. Dos municípios que auferiram os prejuízos, R$ 3,1 bilhões estão relacionados à agricultura e R$ 272,4 milhões à pecuária. A indústria reportou R$ 267 milhões em prejuízos. Outros R$ 131,4 milhões foram relatados por comércios locais.

    No setor público, o levantamento auferiu prejuízos de R$ 1,7 bilhão em obras de infraestrutura (pontes, estradas, drenagem urbana) e R$ 431,2 milhões em instalações públicas, como escolas, hospitais e prefeituras.

    Últimas