• Serviços têm demanda resiliente, mas perspectivas negativas afetam confiança em maio, diz FGV

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  • 29/maio 12:56
    Por Daniela Amorim / Estadão

    O setor de serviços têm visto a demanda atual resiliente, mas as perspectivas negativas para os próximos meses afetaram a confiança do setor em maio, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 0,6 ponto na passagem de abril para maio, na série com ajuste sazonal, para 94,2 pontos, segundo recuo consecutivo. Em médias móveis trimestrais, o ICS ficou estável.

    “A confiança de serviços recua pela terceira vez durante o ano de 2024. O resultado de maio reforça a percepção dos últimos meses de perda de fôlego do setor, porém com movimentos distintos entre os horizontes temporais e segmentos prestadores de serviços. Apesar da resiliência da demanda presente, os resultados negativos em relação ao futuro ocorrem de forma disseminada e confirmam os sinais de que o setor de serviços não deve observar uma forte retomada nesse primeiro semestre. O cenário macroeconômico de manutenção da queda na taxa de juros, e resultados expressivos no emprego e na renda, podem ser fatores importantes para retomar a recuperação da confiança do setor”, avaliou Stéfano Pacini, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

    Em maio, o Índice de Situação Atual (ISA-S) avançou 1,9 ponto, para 97,3 pontos. O Índice de Expectativas (IE-S) teve redução de 3,1 pontos, para 91,3 pontos.

    Os dois componentes da situação atual avançaram: o item que mede a situação atual dos negócios subiu 1,6 ponto, para 96,9 pontos, enquanto o que avalia o volume da demanda atual expandiu 2,3 pontos, para 97,7 pontos.

    Entre as expectativas, a demanda prevista nos próximos três meses diminuiu 2,9 pontos, para 91,6 pontos, e o item que mede a tendência dos negócios nos próximos seis meses caiu 3,4 pontos, para 91,1 pontos.

    “A perda de fôlego do setor vem ficando mais clara com a trajetória lateral da confiança dos empresários, e com a heterogeneidade de resultados nos segmentos”, apontou Pacini.

    A coleta de dados para a edição de maio da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.366 empresas entre os dias 2 e 27 do mês.

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