• Bolsas da Europa fecham sem sinal único, com cautela por política monetária

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  • 24/maio 13:25
    Por Matheus Andrade, especial para a AE / Estadão

    As bolsas da Europa fecharam sem sinal único nesta sexta-feira, 24, com a consolidação das expectativas de corte de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) em junho, mas especulações sobre os futuros passos do banco. Em Londres, as incertezas nesta semana afastaram o FTSE 100 de seus níveis recordes que vinham sendo renovados em sessões anteriores.

    O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em 0,17%, a 520,69 pontos.

    Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,22%, a 8.321,16 pontos, em um ambiente com uma série de preocupações. “Inflação, taxas de juros, política, queda dos preços das matérias-primas, questões de direitos, a lista continua e é justo dizer que o mercado tem tido bastante com que se preocupar”, afirma Russ Mould, diretor de investimentos da AJ Bell.

    O dirigente Joachim Nagel repetiu nesta sexta que há “alta probabilidade” de que a autoridade monetária corte juros na próxima reunião, em junho. No entanto, defendeu que a instituição deve manter a política inalterada no encontro seguinte, em julho, e esperar para decidir um novo ajuste apenas em setembro.

    Nagel minimizou o avanço salarial no primeiro trimestre, conforme informado na quinta-feira pelo BCE. Segundo ele, há sinais contínuos de desinflação na zona do euro. O dirigente comentou ainda que as decisões do BCE são independentes da trajetória do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

    “Espera-se amplamente que o BCE proporcione um corte de 25 pontos base nas taxas em junho, em grande parte porque os membros do Conselho do BCE o declararam. Esperamos que o BCE repita a abordagem reunião a reunião e dependente de dados relativamente à trajetória da taxa diretora para além de junho”, aponta o Danske Bank. “Revimos a trajetória da taxa do BCE pela primeira vez em mais de 12 meses e esperamos agora que o BCE realize dois cortes nas taxas este ano (junho e dezembro) e três cortes no próximo ano. Isso trará a taxa de depósito para 2,75% até o final de 2025”, conclui.

    No âmbito macroeconômico, o Destatis confirmou mais cedo que o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha cresceu 0,2% no primeiro trimestre ante os três meses anteriores, enquanto o ONS relatou uma queda bem maior do que se previa nas vendas do varejo do Reino Unido em abril, de 2,3%.

    Em Frankfurt, o DAX subiu 0,02%, a 18.694,42 pontos. Em Paris, o CAC 40 recuou 0,09%, a 8.094,97 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve alta de 0,07%, a 34.490,71 pontos. Em Madri, o Ibex35 teve baixa de 0,55%, a 11.249,00 pontos. Em Lisboa, o PSI20 caiu 0,35%, a 6.900,34 pontos.

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