Prevenção às chuvas não avança na cidade: sem estudos, sem sirenes e sem radar
E o governo do Estado enviou uma equipe de 12 geotécnicos do Departamento de Recursos Minerais (DRM) ao Rio Grande do Sul. Muito justamente, inclusive. Ela se junta à força-tarefa do Corpo de Bombeiros do nosso estado que, desde o início do mês, ajuda nos resgates e buscas às vítimas das fortes chuvas que atingem o Sul. Mas aí falando em geólogos, lembramos que o Departamento de Recursos Minerais, esse mesmo que está apoiando o RS, licitou, em agosto do ano passado, um novo estudo geológico para Rio de Janeiro, muito em função da tragédia das chuvas de 2022 em Petrópolis. O estudo que seria contratado pelo DRM – o último era de 2012 – estava estimado em R$ 7 milhões. Depois disso nunca mais se falou no assunto.
Estudo local também atrasa
Em agosto do ano passado foi iniciada a atualização do Plano Municipal de Riscos, focando no primeiro distrito. A licitação, é bom ressaltar, foi aberta em 2022, mas só veio a ser movimentada em março de 2023. Pois bem. O trabalho, depois de escolhida a empresa, começou dia 14 de agosto com a promessa de ficar pronto em fevereiro. Passou fevereiro, o verão acabou, entramos em maio, estamos à beira de junho e nada. O plano que está sendo atualizado é o de 2017 que falava em 47 mil pessoas em áreas de risco. Nas contas do governo federal, apoiadas em dados do IBGE, no entanto, são 72.070 pessoas nesta situação.
Tudo cai no esquecimento
Fez um ano em 11 de outubro o anúncio do governo do Estado de que atualizaria as 18 sirenes já existentes em Petrópolis e instalaria 30 novas. A compra fazia parte de novas medidas do Plano de Contingência para Chuvas Intensas e também seriam adquiridos equipamentos para Angra dos Reis, Rio Claro, Paraty e Nova Friburgo, valor estimado de implementação e manutenção desses sistemas por um ano em R$ 11,1 milhões. Se as outras cidades receberam a gente não sabe, mas aqui pra gente não chegou nada, não. Daqui a pouco faz aniversário de dois anos.
Deixa pra depois
E a Secretaria de Economia Solidária, Trabalho, Emprego e Renda, nova estrutura proposta pela gestão Bomtempo e aprovada no finalzinho de 2023 pela Câmara de Vereadores, estava para ser instalada oficialmente dia 1° de Maio pelo prefeito, mas não rolou. Seria uma comemoração pelo Dia do Trabalhador, porém acabou ficando para depois e evitando que o que a prefeitura considera como uma vitória se transformasse em repudio considerando que serão novos 20 cargos em comissão e gasto de mais R$ 1,5 milhão por mês. Sem contar que com ICMS a menos o cinto vai ter que ser apertado.
Defasagem
Falando em trabalho, profissionais da área pediram para a gente destacar: defasagem salarial de engenheiros e arquitetos nos quadros da prefeitura. Os piso nacionais das categorias é de R$ 9,8 mil e R$ 11 mil. Aqui, o pessoal de carreira recebe menos da metade.
Fiscalização
Uma pergunta para nossos agentes do legislativo – que têm de fiscalizar se os do executivo estão cumprindo as leis – que não quer calar: depois da tragedia de 2022 aumentou a fiscalização sobre as ocupações irregulares nos morros, né? Porque a gente tem visto em rede social venda de ‘terrenos’ em locais onde teve deslizamento. E são baratinhos, No Sargento Boening tem um anunciado por R$ 30 mil, já com luz ligada.
Trânsito e transportes
Hoje, às 18h, no Centro Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo da Uerj em Petrópolis, a vereador Julia Casamasso, do Psol, reúne especialistas para debater propostas de mobilidade urbana e transporte público na cidade. Em pauta, o modelo atual com tarifa alta e serviços aquém do que a população necessita,, situação agravada pela falta de planejamento e estrutura no trânsito.
Contagem
Petrópolis está há 1 ano e 13 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Encontro de GCs
Petrópolis está se preparando para sediar o Encontro de Guardas Civis Municipais Femininas (GCMFENS) do Estado do Rio de Janeiro, que irá acontecer de 13 a 16 de junho. Serão mais de 300 mulheres no evento que prestigia a cidade.
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