• Petróleo fecha em alta e acumula ganhos na semana, em meio a fraqueza do dólar

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  • 17/maio 16:50
    Por Gabriel Tassi Lara / Estadão

    O petróleo subiu nesta sexta-feira, 17, com o preço do WTI voltando a ficar acima dos US$ 80 por barril na máxima intraday pela primeira vez neste mês. A commodity chegou a oscilar perto do negativo nesta manhã, mas se consolidou em alta em meio ao enfraquecimento do dólar contra divisas desenvolvidas.

    Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para julho fechou em alta de 1,07% (US% 0,84), a US$ 79,58 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho ganhou 0,95% (US$ 0,71), a US$ 83,98 por barril. Na semana, o WTI mais líquido teve alta de 1,69%, enquanto o Brent subiu 1,44%.

    O estrategista-chefe de commodities do Saxo Bank, Ole Hansen, pontua que os preços do petróleo bruto estão estabilizados na parte inferior da faixa esperada, dado que o mercado concluiu que conflitos no Oriente Médio terão impacto limitado – ou nulo – sobre a oferta. Enquanto isso, ele aponta que o pico da demanda no verão americano deverá sustentar os preços na faixa atual nos próximos meses.

    A Capital Economics pontua, em nota, que o mercado de petróleo deve ser cauteloso, dado que a Agência Internacional de Energia (AIE) atualizou para baixo pela segunda leitura consecutiva a sua perspectiva de crescimento da demanda global. Paralelo a isto, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) tem uma visão antagônica, destaca a consultoria, e segue esperando um crescimento robusto da demanda. Segundo a Capital, a AIE parece mais próxima de acertar do que a Opep.

    Em comentário a clientes, o gestor da Navellier Louis Navellier escreve que os riscos para uma alta do petróleo permanecem elevados, dadas as trocas de ataques a refinarias entre Rússia e Ucrânia.

    Ele prevê que, caso a Rússia capture a região de Karkhiv, a cotação do Brent toque US$ 100, visto que a Ucrânia provavelmente sabotará os oleodutos russos e as nações ocidentais ampliarão embargos ao petróleo russo, elevando os preços.

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