• IBGE divulgará detalhes de endereços do Censo para auxiliar trabalho de gestores públicos no RS

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  • 16/maio 16:43
    Por Daniela Amorim / Estadão

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que divulgará na próxima terça-feira, 21, os microdados do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos oriundos do Censo Demográfico 2022. A intenção é que as informações possam ajudar nos trabalhos empreendidos em áreas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

    A divulgação é parte de “um esforço para disponibilizar, com a maior celeridade possível, à sociedade, informações que possam auxiliar a situação de calamidade enfrentada pelo Rio Grande do Sul”, informou o IBGE, em nota à imprensa.

    “Os dados de cada um dos mais de 106 milhões de endereços coletados no Censo Demográfico 2022 serão divulgados com os atributos completos de endereçamento, de acordo com o padrão utilizado pelo IBGE, incluindo logradouro, número e modificador, complemento, localidade, CEP, espécie da unidade visitada, tipo de edificação, nomes dos estabelecimentos entre outros. Serão disponibilizados também o dicionário de dados com a caracterização do conteúdo e um documento com orientações de uso dos mesmos por conta da antecipação”, explicou o instituto.

    No dia 14 de junho de 2024, o IBGE publicará um material complementar, com notas metodológicas e arquivos com dados do cadastro de endereços agregados por CEP.

    “Na ocasião, os dados poderão ser baixados ou explorados através das plataformas de visualização de dados do IBGE – no hotsite do Censo Demográfico 2022 e na Plataforma Geográfica Interativa (PGI)”, informou.

    Na próxima segunda-feira, 20, o IBGE vai iniciar um esforço de capacitação de gestores municipais do Rio Grande do Sul, para que aprendam a usar as ferramentas e informações produzidas pelo instituto no enfrentamento ao desastre no estado.

    “A força-tarefa do IBGE será, inicialmente, virtual, mas usará sua estrutura no estado para dar suporte no processo de reconstrução das áreas atingidas. A apresentação será feita pelo presidente do IBGE, Marcio Pochmann, e corpo técnico do Instituto, com transmissão pelo IBGE Digital (ibge.gov.br) e pelas redes sociais do IBGE”, divulgou o órgão.

    O IBGE afirmou ainda que atuará em parceria com as três esferas de governo (federal, estadual e municipal), “prestando informações por demanda para os gestores públicos atuarem no diagnóstico, planejamento e na reconstrução das localidades afetadas”.

    Trabalhadores do IBGE em Porto Alegre estão mobilizados em ações de ajuda às vítimas das enchentes. A equipe tem auxiliado no transporte de pessoas resgatadas por barcos em áreas alagadas da capital gaúcha, encaminhando as vítimas a casas de parentes ou abrigos montados para receber os desalojados na capital. Os trabalhadores também têm atuado na descarga e distribuição de água para hospitais, abrigos, associações e cozinhas solidárias, usando os veículos do instituto.

    A agência do IBGE em Caxias do Sul foi transformada em um centro de distribuição de doações no estado, somando forças ao centro logístico da Cruz Vermelha Brasileira, instalado no município. Os servidores têm trabalhado no recebimento, triagem, limpeza, organização e encaminhamento de doações, informou o instituto.

    “Embora a sede da Superintendência Estadual do IBGE em Porto Alegre siga alagada, as atividades administrativas e técnicas continuam de forma remota, com ênfase no atendimento aos diversos pedidos de dados das áreas atingidas, com apoio da equipe técnica da sede no Rio de Janeiro”, comunicou o instituto, nesta quarta-feira, 15.

    Na semana passada, o IBGE emitiu comunicado dizendo que a direção havia orientado que a coleta das pesquisas fosse temporariamente suspensa nas áreas afetadas pelas chuvas “até que as condições melhorem, permitindo a retomada dos trabalhos de campo com segurança”.

    O instituto ainda não informou quais indicadores foram afetados, nem se terão coleta prorrogada ou divulgação adiada. “O IBGE ressalta que será necessário esperar a evolução dos acontecimentos e verificar como a transmissão de informações para o IBGE vai se comportar ao longo do mês para estimar os possíveis impactos em termos de geração de resultados e da publicação de indicadores relativos ao Rio Grande do Sul, e a participação deste em indicadores nacionais”, declarou.

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