• Agente da operação Lei Seca conta como superou trauma após acidente

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  • 12/05/2019 12:38

    A vida de Elaine Cristina Dutra mudou radicalmente a partir de setembro de 2003. Vítima de um grave acidente de trânsito, ela ficou um ano e 9 meses sem ver o filho no período de recuperação. Elaine ficou paraplégica e precisou reaprender coisas básicas, como, por exemplo, tomar banho. O que a ajudou a superar o trauma, além do amor de mãe e filho, foi o trabalho na Operação Lei Seca, da Secretaria de Estado de Governo e Relações Institucionais, onde atua como agente de educação e aborda sobre os perigos do álcool combinado à direção. 

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    – Fiquei durante seis meses morando em Campos para me preparar para um concurso público, que era meu sonho. Consegui passar em primeiro lugar e quis contar pessoalmente para minha família. Quando estava na estrada, a caminho do Rio, sofri o acidente. Fiquei 48 dias em coma e, quando voltei, lembrava de poucas coisas. E não sentia minhas pernas. Quando soube que tinha ficado paraplégica, parecia o fim do mundo. Fui para Belo Horizonte e fiquei em um centro de reabilitação por um ano para reaprender a viver. Só conseguia pensar no meu filho e na saudade que estava dele – contou Elaine, que revela como foi o encontro com Hugo, que hoje tem 24 anos:

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     – Tinha receio de que meu filho estranhasse a situação, pois ficamos afastamos por quase dois anos. Eu não conseguia falar nada, só chorava. Ele estava me esperando, me abraçou tão forte e disse que me amava. Ele mostrou uma maturidade tão grande com apenas 10 anos de idade. Aquele momento me marcou muito, pois pensei em desistir por diversas vezes, até mesmo em morrer. Mas, vi nos olhos do meu filho a força que precisava para seguir adiante – falou.

     Atuação na Operação Lei Seca

     Aos 41 anos, Elaine está há 10 na Operação Lei Seca, mesmo tempo que a iniciativa atua no estado. A agente integra a equipe de conscientização que realiza palestras e ações educativas em escolas, bares e casas noturnas.

     – Meu acidente foi causado por um jovem, de 19 anos, que estava bêbado e dirigindo em alta velocidade. Quando ele tentou ultrapassar um caminhão em uma curva, perdeu o controle e bateu no meu carro. Então, sei exatamente o que é ter a vida transformada pela irresponsabilidade do outro. Nas palestras que faço, dou meu depoimento e tento mobilizar o máximo de pessoas do quanto é danoso beber e dirigir – ressaltou Elaine, que ainda completou:

     – É muito gratificante fazer esse trabalho de conscientizar as pessoas. Acho que já realizei cerca de mil palestras e em todas, se eu consegui salvar uma vida, já valeu a pena. Ninguém precisa passar pelo que eu passei para mudar o pensamento e ter a consciência de que não se pode beber e assumir o volante em seguida – finalizou a agente.


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