• Ibovespa sobe com NY e visão de compromisso do BC com ancoragem das expectativas

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  • 14/maio 12:00
    Por Maria Regina Silva / Estadão

    O Ibovespa sobe nesta terça-feira, 14, seguindo a valorização das bolsas norte-americanas, mesmo após o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, divulgado mais cedo.

    O PPI subiu mais do que o esperado em abril, ainda assim não tirou do radar a possibilidade de corte dos juros nos EUA neste ano. Agora, o mercado espera a divulgação do CPI, o índice de preços ao consumidor dos EUA, que sairá amanhã.

    Na avaliação da economista Carla Argenta, da CM Capital, ainda que a magnitude do PPI tenha visto mais elevada, há sinais de suavização da inflação americana. “Mesmo com essa alta do PPI, o Fed não vai subir os juros de novo. Então, ratifica este cenário”, avalia.

    A alta do Ibovespa ocorre apesar da desvalorização das commodities, mas é moderada no recuo de cerca de 3,00% nas ações da Petrobras, após a empresa informar lucro abaixo do esperado da no primeiro trimestre. A estatal fechou o primeiro trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 23,7 bilhões, 37,9% a menos do que há um ano e 16,8% abaixo do Prévias Broadcast.

    Agora, fica a expectativa do detalhamento do resultado e quais serão os próximos passos da empresa. A Petrobras realiza encontro com o mercado para comentar os dados.

    Mais cedo, o Banco Central divulgou a ata do Copom da semana passada, quando a Selic passou de 10,75% para 10,50% ao ano, com o placar dividido. Conforme o documento, os diretores que votaram por 0,25 ponto de queda avaliaram que a sinalização era condicional e, mais importante do que um custo reputacional, era o compromisso com o combate à inflação. Já os que optaram pelo corte de 0,50 p.p. argumentam que seguir a guidance e reforçar o compromisso com o combate à inflação não pode ser confundido com leniência.

    “A ata teve uma leitura mais coesa e em relação ao comunicado da semana passada, o que dá segurança e credibilidade”, avalia economista da CM Capital, Carla Argenta. Para a economista, é mais razoável o BC manter “esse tom mais conservador”, dadas as incertezas internas e externas. Ainda assim, diz que a probabilidade ainda é de uma Selic de um digito, “uma taxa de 9,75% é bem factível”, diz. Às 11h22, o Ibovespa subia 0,31%, aos 128.558,28 pontos, ante elevação de 0,49%, na máxima aos 128.779,85 pontos

    Para Jansen Costa, sócio fundador da Fatorial Investimentos, “a ata veio mais calma do que o mercado previu após a leitura do comunicado do Copom na semana passada. Para Costa, o grupo do BC que votou pela manutenção do corte de 0,50 ponto porcentual no juro básico no Copom de maio não deve ser visto como leniente a um quadro de mais inflação. “E isso pode acalmar. A credibilidade do BC não foi abalada”, avalia Costa.

    Já para o Itaú Unibanco, a ata do Copom veio bastante dura. “A nosso ver, abriu a porta para o fim do ciclo de flexibilização”, diz em comentário. Por enquanto, o banco vê o Copom entregando mais um corte de 0,25 ponto porcentual em sua próxima reunião, seguido por uma pausa prolongada, com a Selic em 10,25% ao ano.

    Ontem, o Índice Bovespa à vista fechou em alta de 0,44%, aos 128.154,79 pontos.

    Às 11h38 desta terça, subia 0,30%, aos 128.568,23 pontos, ante máxima aos 128.779,85 pontos, em elevação de 0,49%, e mínima aos 127.961,78 pontos (-0,15%). Vale cedia 0,45%. Já algumas ações ligadas ao consumo subiam, caso de Hapvida, com 8,19%, após também informar balanço.

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