• Um ano depois: sistema colapsa e incêndio nos ônibus segue sem responsáveis

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  • 08/maio 04:08

    Iniciamos no ano passado uma contagem sobre quanto tempo o sistema de transporte público ficaria sem os 100% da frota em operação depois do incêndio na garagem das empresas Petro Ita e Cascatinha. E hoje completa um ano do episódio que, por pouco, poderia ter sido uma tragédia com vítimas. As chamas nem tinham ainda sido debeladas pelos bombeiros e as empresas e a prefeitura já anunciavam que o fogo tinha sido provocado. Um ano depois, não se sabe quem foram os criminosos. A polícia não apresentou resultado das investigações. Prefeitura e empresas afirmam que seguem cobrando a conclusão da apuração.

    Coincidência?

    Enquanto isso, neste um ano de operação capenga, é aquele sofrimento dos usuários com quebras, acidentes e incêndios isolados: a novela sem fim por licitação para as linhas operadas pela Cascatinha, a Petro Ita seguindo com contrato até 2025 (mas também com ação judicializada correndo em segunda instância) e as demais empresas fazendo investimentos. Turp, Cidade Real e Cidade das Hortênsias vêm apresentando ônibus novos e tecnologias diferentes. Sinal de que funciona se houver gestão. Vejam que, ‘coincidentemente’, a Cidade Real e a Turp foram as que venceram a licitação de 2010 depois que o então prefeito Mustrangi suspendeu os contratos da Petrópolis, Autobus e Esperança. Outra que era eficiente e continua até hoje é a Cidade das Hortênsias.

    Contagem

    E a contagem continua. Petrópolis está há 365 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

    Conceição Evaristo, ícone da literatura brasileira, um dos destaques da Flipetrópolis, visitou o Museu Imperial, onde foi recebida por servidores e colaboradores da instituição, que ficaram extasiados com a presença da autora do livro “Olhos D’Água”.

    Gravidade

    São muito graves os dados apresentados no relatório que a Comissão Especial da Câmara dos Vereadores, presidida por Julia Casamasso, mostrou em audiência pública segunda-feira sobre a cratera na BR-040, no Contorno, em 2017, que afetou 55 casas. Os moradores das casas interditadas e que até hoje não foram indenizados, apontam que desde 2013 alertavam a concessionária sobre instabilidades no solo na região e a empresa também teria recebido avisos de geólogos e técnicos terceirizados. Os dados devem ser inseridos em investigação aberta pelo Ministério Público Federal.

    Serve como exemplo

    A prefeitura de Porto Alegre, cidade mais atingida pelo temporal no Sul, não teria investido nenhum centavo em prevenção às enchentes. O governo do Rio Grande do Sul diz que tem uma reserva prévia de R$ 117 milhões para projetos relacionados a desastres naturais no orçamento deste ano, mas ainda não está claro se considerando socorro ou prevenção. E que tem R$ 7 milhões para comprar um radar meteorológico.  E ainda assim é muito pouco.  E aí ficamos pensando: vereadores cobraram o prefeito de Porto Alegre? Os deputados federais cobraram o governador do Rio Grande do Sul? E deputados federais e senadores cobraram o governo federal?

    E o nosso radar?

    E tocando nesse assunto, agora que por aqui o tempo fica firme com apenas aquela chuva morrinhenta de inverno, vale a pena perguntar para a gente se preparar para o verão: cadê nosso radar meteorológico? Nosso vereadores estão cobrando a compra do equipamento? Nossos deputados estaduais, federais e senadores também?

    Maré ruim

    A maré não é nada boa para o governo Cláudio Castro. Além do Ministério Público Federal ter pedido a cassação dele, do vice Thiago Pampolha e do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, a gestão vai enfrentar a CPI da Transparência. A Comissão Parlamentar de Inquérito foi instalada na Alerj numa dormida no ponto que deu Castro. Quando percebeu, não dava mais para reverter e os governistas tinham aderido. A CPI vai investigar contratos com organizações sociais em várias pastas do estado.

    Oportunidade

    Falando em pedido de cassação, o MPF nesta denúncia oferecida à Justiça Eleitoral, pede, como dissemos, a cassação do alto comando do governo e do legislativo estadual. Se perderem os mandatos, o estado vai ser governador pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Ricardo Rodrigues Cardozo, até eleições suplementares. Mas tem um alento para Pampolha: o MPF não pediu a sua inegibilidade. Taí a chance que ele e o MDB almejam. Seria melhor se não tivesse o atual mandato cassado, mas já é alguma coisa.  

    O grupo Teatro Circense Andança está realizando no Sesc Quitandinha uma residência artística intitulada “Um Estudo Sobre o Corpo Sensível”. O primeiro dos módulos aconteceu neste final de semana e ainda há encontros agendados para julho e outubro. A meta é fortalecer o cenário cultural de Petrópolis.

    Pouco e atrasado

    Você conferiu aqui nas páginas de Cidade, da Tribuna, que até hoje os três primeiros colocados do concurso de fotografia Moisés Pregal 2024, iniciativa da prefeitura, não receberam seus prêmios que deviam ser entregues em março. O concurso que homenageia o repórter fotográfico Moisés Pregal propôs cliques no programa Nosso Bairro, aquele que a prefeitura faz nas comunidades. A gente já tinha achado os prêmios chinfrins pra caramba (R$ 1,5 mil; 1 mil e R$ 750) e ainda nem receberam?

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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