• Casos de Chikungunya aumentam mais de 2.000 % em um ano em Petrópolis

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  • 06/05/2019 19:05

    Em um ano, os casos de Chikungunya aumentaram mais de dois mil por cento em Petrópolis, segundo dados da Prefeitura divulgados na sexta-feira. De janeiro até abril, a cidade já registrou 240 novos casos. No mesmo período do ano passado, foram apenas nove. Esta semana, o Ministério da Saúde (MS) divulgou o resultado do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2019. De acordo com os números, apesar do aumento nos registros de Chikungunya, Petrópolis teve baixo índice de infestação, ficando com 0,60. Em todo o Estado do Rio de Janeiro, apenas Piraí contabilizou alto risco (4,20). Cinquenta e três cidades apresentaram baixo risco e 36 municípios estão classificados com médio risco.

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    Os moradores da localidade de Madame Machado, em Itaipava, alertam para a quantidade de doenças relacionadas ao mosquito Aedes aegypti. Segundo a aposentada Maria da Conceição de Oliveira, de 53 anos, algumas pessoas de sua família já contraíram dengue e outras doenças. “Minha sogra, de 86 anos, está de cama. Minha sobrinha e outras pessoas também ficaram doentes. Fora vizinhos e amigos deles. Está tendo um surto na região”, disse.

    A aposentada teme por mais casos e complicações dos pacientes. “A dengue mata e tenho medo que alguém morra por causa da doença. É preciso uma intervenção da Prefeitura na região para evitar que isso aconteça”, comentou Maria, ressaltando que está com medo de visitar os parentes e contrair a doença. “Meu filho está indo lá cuidar da avó, mas tenho medo”, frisou.

    De acordo com dados da Prefeitura, de janeiro até abril, oito casos de dengue foram registrados na cidade. De Zika foi contabilizado apenas um. No mesmo período do ano passado, também foram registados oito de Dengue e nenhum de Zika. Ainda de acordo com o município, até o momento, nenhuma morte foi registrada em decorrência dessas doenças.

    Em nota, a Prefeitura informou que a Coordenadoria de Vigilância Ambiental conta com 33 agentes que fazem visitações domiciliares diariamente, da 8h às 17h, para o combate do mosquito Aedes aegypti. Até dia 30 de abril, foram realizadas 48.458 visitas. Os agentes dão a orientações sanitárias aos moradores, identificam e destroem, quando possível, os depósitos de larvas. 

    Conforme os dados, 994 municípios (20% do total realizado) apresentaram alto índice de infestação, com risco de surto para as doenças dengue, zika e chikungunya. Ao todo, 5.214 municípios realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas doenças, sendo 4.958 (95,1%) por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 256 por armadilha, segundo o Ministério da Saúde. A metodologia da armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente no local.

    Cinco capitais estão com índice satisfatório: Boa Vista (RR), João Pessoa (PB), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e o Distrito Federal. A capital Cuiabá (MT) está em risco. Outras 16 estão em alerta: Fortaleza (CE), Porto Velho (RO), Palmas (TO), Salvador (BA), Teresina (PI), Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Vitória (ES), São Luis (MA), Belém (PA), Macapá (AP), Manaus (AM), Maceió (AL), Aracaju (SE) e Goiânia (GO).

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