• Bolsas da Europa fecham em baixa, pressionadas por perspectivas para BCs e balanços

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  • 30/abr 13:42
    Por Matheus Andrade, especial para a AE / Estadão

    As bolsas da Europa fecharam em baixa nesta terça-feira, 30, em uma sessão com cautela por conta da perspectiva para a postura dos principais bancos centrais. Indicadores no continente e nos Estados Unidos foram divulgados pela manhã, em uma semana que conta com a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Além disso, uma série de balanços relevantes foi apresentada ao público.

    O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,65%, a 505,03 pontos.

    A manutenção de juros pelo Fed até setembro é a mais provável (51,6%) no monitoramento do CME Group, com a chance de corte de juros em 48,4%. Na segunda-feira, um corte era visto como mais provável. O movimento ocorre depois de nesta manhã o índice de custo do emprego avançar 1,2% no primeiro trimestre, acima da previsão de alta de 0,9% dos analistas ouvidos pela FactSet.

    Já a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro ficou inalterada em abril ante março, em 2,4%, enquanto seu núcleo desacelerou para 2,7% neste mês, teoricamente abrindo o caminho para o Banco Central Europeu (BCE) anunciar seu primeiro corte de juros na reunião de junho.

    Já o PIB da zona do euro cresceu 0,3% no primeiro trimestre de 2024, mais do que se previa, recuperando-se da contração de 0,1% do trimestre anterior. Na Alemanha, assim como na Itália e na Espanha, os números do PIB vieram acima das projeções.

    Platow Robert Holzmann, integrante do BCE, defendeu nesta terça uma pausa no corte da taxa de juros da zona do euro após a possível redução de junho. Ele vê argumentos para abrandar a política monetária devido ao fraco dinamismo econômico no bloco, mas também menciona riscos geopolíticos que podem afetar a inflação.

    Da temporada de balanços da Europa, destaque para os gigantes bancários Santander e HSBC. O banco espanhol ampliou lucro no primeiro trimestre, mas ficou aquém do esperado e sua ação caiu 3,74% em Madri, onde o Ibex 35 recuou 2,22%, a 10.854,40 pontos.

    Já o britânico HSBC lucrou menos, mas superou as expectativas, o que fez sua ação avançar 4,12% em Londres, onde o FTSE 100 teve queda de 0,04%, a 8144,13 pontos. No setor automotivo, a alemã Volkswagen teve queda no lucro após impostos e a Stellantis decepcionou em receitas.

    As ações das montadoras registraram perdas respectivas de 4,12% e 10,10% em Frankfurt, onde o DAX caiu 1,03%, a 17.932,17 pontos, e Milão, cidade na qual o FTSE MIB recuou 1,60%, a 33.746,66 pontos. Em Paris, o CAC 40 teve queda de 0,99%, a 7.984,93 pontos. Já o PSI 20 baixou 0,97%, a 6.615,56 pontos, em Lisboa.

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