• Ibovespa encerra na máxima do dia, em alta de 0,65%, a 127,3 mil pontos

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  • 29/abr 17:51
    Por Luís Eduardo Leal / Estadão

    O Ibovespa retomou a linha dos 127 mil pontos no início da tarde e a conservou até o fechamento, no maior nível desde o último dia 11, então bem perto de 127,4 mil. Nesta segunda-feira, saiu de abertura aos 126.526,73 pontos e oscilou a 126.466,58, na mínima da sessão, para encerrar o dia, na máxima, aos 127.351,79 pontos, em alta de 0,65%, vindo de ganho de 1,51% na sexta-feira.

    O giro financeiro, contudo, permaneceu restrito, a R$ 17,4 bilhões. No mês, faltando a terça-feira para o fechamento de abril, o Ibovespa ainda acumula perda de 0,59% e, no ano, cede 5,09%.

    As ações da Petrobras, ambas na máxima da sessão no fechamento (ON +1,81%, PN +1,79%), ganharam fôlego na etapa vespertina e, junto com Vale (ON +1,85%), garantiram a alta do Ibovespa além da marca dos 127 mil pontos, em dia também positivo para parte dos grandes bancos, como Santander (Unit +2,48%) e Bradesco (ON +1,56%, PN +1,30%, nas respectivas máximas da sessão no fechamento) – exceção para Itaú (PN -0,78%) e BB (ON sem variação).

    Na B3, destaque em especial para o desempenho da Vale, cujas ações reagiram à “proposta de acordo para encerrar completamente a questão da demanda judicial de Mariana”, aponta Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.

    Na avaliação do estrategista, o início de semana se mostrava “mais neutro” para a Bolsa, tendo em vista, especialmente, a possibilidade de volatilidade nos juros dos EUA na quarta-feira, dia 1º, quando o Federal Reserve volta a deliberar sobre a taxa de referência e a comunicar o pensamento da instituição sobre os dados econômicos e a orientação da política monetária na maior economia do mundo. Até lá, considerando também que não haverá negócios no mercado brasileiro no Dia do Trabalho, a tendência é de que os investidores evitem “assumir posições muito arriscadas ou se afastar da tendência externa”, acrescenta Cruz.

    Em Nova York, os ganhos nos principais índices de ações foram um pouco menores do que o registrado na B3 nesta segunda-feira, com Dow Jones em alta de 0,38%; S&P 500, de 0,32%; e Nasdaq, de 0,35%, no fechamento.

    Na bolsa brasileira, “o dia de hoje foi de baixa volatilidade, com o Ibovespa sendo puxado por Vale e Petrobras, duas empresas ‘pesadas’ e em alta acima de 1% na sessão. O feriado de quarta-feira é quase global, mas há a decisão do Fed, que pode trazer volatilidade na retomada dos demais mercados na abertura da quinta-feira, o que suscita cautela num momento em que ainda se vê fluxo de saída de recursos estrangeiros da B3”, diz Yan Vasconcellos, sócio da One Investimentos.

    Na ponta ganhadora do Ibovespa nesta segunda-feira, destaque absoluto para Casas Bahia (+34,19%). Bradesco BBI, XP e Genial avaliaram o pedido de recuperação extrajudicial como positivo para a reestruturação da varejista, em especial por endereçar os problemas relacionados ao alto custo de dívida da companhia. Também no lado positivo da carteira teórica nesta abertura de semana apareceram nomes associados ao ciclo doméstico, como Pão de Açúcar (+9,06%) e Hypera (+5,36%). No campo oposto, Petz (-3,98%), 3R Petroleum (-2,43%) e Braskem (-1,89%).

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