Quais os políticos que hoje representam a juventude em Petrópolis?
De acordo com o Censo de 2022, atualmente Petrópolis tem 16.083 jovens com idade entre 15 e 19 anos. Já dados do Tribunal Superior Eleitoral mostram que num universo de 244.104 pessoas aptas a votar, a cidade tem apenas 628 eleitores com 16 e 17 anos. Para aumentar a emissão de títulos nesta faixa etária, quando o voto não é obrigatório, a Escola Judiciária Eleitoral do Rio de Janeiro e a Justiça Itinerante do TRE-RJ, lançaram o projeto #PartiuVotar realizando ações em escolas da cidade. E conseguiu engrossar um pouco mais o número nesta faixa. A falta de ‘novidades’ na política local com os mesmos personagens se perpetuando nas campanhas majoritárias contribuíram de forma acentuada para este cenário.
Mesmo enredo e personagens
Desde 1997 os atores políticos são os mesmos na cidade. E este ano não é diferente. Os nomes de Bomtempo, Bernardo, Mustrangi e agora de Leandro Sampaio são os mais mencionados neste ano eleitoral. As “novidades” (mas muito aspeadas, por favor) são Hingo Hammes e Leandro Azevedo. Talvez a real novidade seja Bernardo Santoro, que nunca se elegeu. São relativamente jovens, mas falam diretamente aos jovens de 16 e 17 anos? Essa é a questão. Na Câmara de Vereadores, talvez o último ‘jovem’ a ingressar tenha sido Bernardo Rossi. Depois disso, o legislativo foi ficando cada vez mais de cabeça branca. Essa falta de oxigenação afasta os jovens das urnas porque não se veem representados.
Mulheres
A distância das mulheres do legislativo também é um cenário evidente em Petrópolis. Até hoje apenas cinco mulheres foram eleitas vereadoras: Carmem Felicetti (1997 a 2000), Wilma Borsato (1993 a 1996), Renata Fadel (2001 a 2004), Gilda Beatriz (2013 a 2016, 2017 a 2020 e 2021 a 2024) e Júlia Casamasso (2021 a 2024). Petrópolis nunca teve uma prefeita ou vice-prefeita e foram poucas as vezes em que foram candidatas à majoritária. Episódios de discriminação de gênero se tornaram públicos mais recentemente, mas situações velada desta violência todas passaram, a gente tem certeza.
Apreensão
Vai ser julgado em maio, pedido de cassação do governador Cláudio Castro pelo Tribunal Regional Eleitoral. Castro, seu vice, Thiago Pampolha e o hoje presidente da Alerj, Rodrigo Bacelar, são investigados pelo Ministério Público Eleitoral no caso da folha secreta do Ceperj que teria milhares de cargos fantasmas e ainda preenchidos de forma irregular no período eleitoral. Os processos eram separados e, Bacelar, que estaria acreditando em se safar e sentar na cadeira de governador, teria feito movimentações colocando mais lenha na já ardente fogueira de Castro. Mas, a justiça decidiu juntar tudo num mesmo processo. Se um se lascar, o outro também.
Plano B
A imprensa da capital já começou a noticiar um plano B para que Castro não tenha o mesmo final de cinco ex-governadores (Cabral, Pezão, Garotinho, Rosinha e Witzel). Se for condenado, ele abriria mão de recurso e teria uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado. Bacelar poderia assumir o governo, no impedimento de Pampolha, mas se estiver enrolado também…
Em suspenso
Com essa fumaça toda, que indica um incêndio, acendeu a luz vermelha entre os pré-candidatos a prefeito em Petrópolis escorados na direita. Inspiraram e prenderam o ar e vão segurar até haver uma decisão. Depois, retomam o fôlego com ou sem Castro. A esquerda, feliz, aguarda os acontecimentos para detonar a proximidade dos direitistas pré-candidatos em Petrópolis com Castro e Bacelar casos sejam condenados.
Trabalho árduo
Como forma de conter o bolsonarismo, o PT quer investir pesado na nominata de vereadores em todas as cidades do estado este ano. Em 2020, o partido fez apenas 23 vereadores e a meta, esse ano, é passar de 80. Em Petrópolis vão ter que se esforçar nesta nominata e investir na campanha. Hoje o PT não tem vereador e seu principal expoente é o vice-prefeito Mustrangi, além do presidente da sigla, Thiago França, secretário de Esportes. Porque mesmo sendo da base de sustentação do prefeito Bomtempo, o PT só tem mesmo essa secretaria e o embarcou no governo aos 45 do segundo tempo.
Contagem
E Petrópolis está há 347 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Talvez
E ontem, no Petrô, no encontro do MDB que apresentou os pré-candidatos a vereador e o nome do empresário Cláudio Mohammad como postulante a pré-candidato a vice, Hingo Hammes, que é o nome do Progressistas como pré-candidato a prefeito, fez o esperado: não disse sim e nem não. Deixou no ar e assim vai ficar até as convenções em julho. Mas sua presença afagou o presidente estadual do partido Washington Reis e os emedebistas. Porém, Hammes ainda é só ficante. Pra ser namoro ainda é um longo caminho. Noivar e casar também só depois.
Na lata
Neste evento, Washington Reis reafirmou a sinceridade que lhe é peculiar e desmentiu publicamente que o partido queria manter em suas fileiras o vereador Dudu. Disse o presidente local Marcus von Seehaunsen que o manda-chuva nacional do MDB, Baleia Rossi, queria Dudu na legenda. “Não queria, não. Não queremos”, corrigiu Reis no palco e ao microfone.
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