• Quem é o empresário suspeito de dirigir Porsche que causou acidente com morte em SP

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  • 01/abr 12:40
    Por Gonçalo Junior / Estadão

    Procurado pela polícia como suspeito de provocar um acidente de trânsito que matou um motorista de aplicativo de 52 anos, no domingo, 31, o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24, atua no mercado imobiliário e de materiais de construção civil. Segundo a Polícia Civil, ele teria participação em quatro empresas da família.

    Fernando Sastre está sendo investigado pela colisão seu carro de luxo, um Porsche 911 Carrera GTS, avaliado de mais de R$ 1 milhão, na traseira de outro veículo, um Renault Sandero, provocando a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana.

    De acordo com a polícia, ele fugiu do local do acidente. As circunstâncias do acidente são investigadas.

    O Estadão tentou contato com o motorista, seus familiares e representantes legais, mas não obteve nenhum retorno até a última atualização desta reportagem.

    Entre as empresas da família, o nome de Fernando aparece no quadro de sócios da incorporadora Sastre Empreendimentos Imobiliários. Além da incorporação, a empresa atua na compra, venda, locação e loteamento de imóveis próprios.

    O quadro societário é formado por quatro pessoas, todas da mesma família. Fundado em outubro de 2020, o negócio tem sede na capital paulista com investimento inicial declarado de R$ 430 mil.

    Outra empresa da família é a F. Andrade, voltada para a comercialização de materiais e insumos para construção civil. É descrita como empresa de pequeno porte, também com sede em São Paulo. Conforme o boletim de ocorrência, registrado no 30º Distrito Policial, no Tatuapé, a distribuidora é a proprietária do Porsche Carrera envolvido no acidente.

    Ainda de acordo com o documento, o autor foi identificado como Fernando Sastre de Andrade Filho no momento do acidente.

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    A colisão aconteceu na altura do número 1.801, da Avenida Salim Farah Maluf, uma importante via da região. Policiais Militares da 2ª Companhia do 2º Batalhão de Trânsito foram acionados.

    Conforme relato feito por testemunhas à Polícia Civil, o empresário seguia em alta velocidade pela avenida, que tem um limite de 50 km/h. Ao fazer uma ultrapassagem, ele teria perdido o controle do Porsche e batido contra a traseira de um Sandero branco, que estava sendo conduzido pelo motorista por aplicativo Ornaldo da Silva Viana.

    O condutor, de 52 anos, foi socorrido com um quadro de parada cardiorrespiratória e encaminhado ao Hospital Tatuapé. Ele morreu por causa de “traumatismos múltiplos”.

    Por causa da gravidade da colisão, a traseira do Renault Sandero ficou completamente destruída, assim como a dianteira do Porsche. A investigação busca câmeras de segurança que possam ter gravado a batida para analisá-las.

    Fernando Sastre teria tido ajuda da própria mãe para fugir do local. No registro da ocorrência, policiais que atenderam a ocorrência afirmam que a mãe de do empresário compareceu ao local e disse que o levaria ao Hospital São Luiz, localizado no Ibirapuera, zona sul, para tratar de um ferimento na boca.

    Quando os agentes foram até ao hospital para fazer o teste do bafômetro e colher sua versão do acidente, eles não encontraram nenhum dos dois. Os policiais também foram até a casa do motorista.

    A Secretaria de Segurança Pública afirma que “em atendimento a ocorrências de trânsito, a prioridade da Polícia Militar é garantir o resgate das vítimas e preservar o local do acidente – o que foi feito pelos PMs”, diz a nota.

    “Na ocasião, além da vítima fatal, o motorista do Porsche, inicialmente apontado como vítima, e o passageiro do veículo também apresentavam ferimentos e foram socorridos. O primeiro, por sua genitora, enquanto o segundo foi levado por uma equipe do Samu”.

    O órgão afirma ainda que analisará a dinâmica da ocorrência para identificar eventual erro de procedimento operacional.

    Fernando Sastre de Andrade Filho está sendo investigado por “homicídio culposo e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, além de fugir do local do acidente”.

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