• Abel exalta ‘estrelinha’ de Endrick, mas admite nervosismo do Palmeiras no 1º tempo

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 29/mar 01:08
    Por Estadão

    Abel Ferreira reconheceu as dificuldades enfrentadas pelo Palmeiras nesta quinta-feira, contra o Novorizontino. O técnico exaltou as qualidades do adversário, que dominou o primeiro tempo, e atribuiu a vitória por 1 a 0 à “estrelinha” de Endrick. O atacante marcou o único gol da partida, que garantiu o Palmeiras na final do Paulistão, no início do segundo tempo.

    “Ele tem estrelinha, ele tem o dom para o gol. Felizmente, ele fez o gol. Estávamos com medo dele levar uma pancada na coxa, mas a vida é feita de riscos e nós decidimos arriscar”, comentou o treinador, em referência às dores que o jogador sentiu no amistoso da seleção brasileira com a Espanha na terça-feira, em Madri.

    O atacante de apenas 17 anos vive grande momento no clube após também brilhar em palcos internacionais. Ele balançou as redes tanto na vitória do Brasil sobre a Inglaterra no mítico estádio de Wembley, em Londres, quanto no empate com os espanhóis no Santiago Bernabéu, onde será sua casa quando se transferir para o Real Madrid ainda neste ano.

    Abel reconheceu a atuação decisiva de Endrick, mas manteve a cautela quanto aos elogios. “Gosto de lembrar as duas faces da moeda. Não podemos esquecer do que aconteceu no ano passado, após termos ganhado o Paulistão. Choveram críticas (a ele). Isso acontece com todo mundo. Eu digo: cuidado com os elogios. Muitas vezes os elogios são impostores. Inflamam nossos egos e esquecemos daquilo que nos trouxe aqui.”

    Apesar do conselho, o treinador projetou um futuro brilhante para o jovem jogador no futebol europeu. “É um moleque inteligente, equilibrado, que estuda. Vai ter tempo para aprender e continuar a estudar. Isso fará dele um melhor homem. Só precisa de cuidado, os elogios são bons, mas há elogios que podem ser impostores. Tem que manter essa atitude.”

    Abel elogiou também os méritos do Novorizontino, que havia eliminado o São Paulo nas quartas de final. Mas identificou o “nervosismo” como o maior vilão do time no primeiro tempo. “Até o gol, nós sentimos o nervosismo vindo de fora para dentro. Tivemos uma interrupção muito grande porque tivemos que jogar fora”, comentou, em referência ao retorno do time ao Allianz Parque.

    “Sentimos um nervosismo vindo de fora porque nossos torcedores estão sempre à espera de algo novo. Mas peço paciência. Esperam sempre ganhar de dois, três, quatro. Os jogos são diferentes. Hoje fomos nós que puxamos por eles depois do gol”, declarou o treinador português.

    Na final, o Palmeiras fará o clássico com o Santos, a partir deste domingo, na Vila Belmiro. Antes das duas partidas, Abel pediu calma e cautela aos torcedores. “Estar presentes nas finais, mais uma, parece muito fácil. Nos últimos anos há um denominador comum: o Palmeiras chega. Se vai ganhar, não sei. Se ganhar, é normal. Se não ganhar, é fracasso. O que eu prometo é ter uma equipe competitiva para chegar nas finais.”

    Últimas