Morreu, nesta quarta-feira (27), o museólogo, curador e crítico da arte, Pedro Martins Caldas Xexéo. O velório será realizado, nesta quinta-feira (28), no Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro, das 11h30 às 14h30, na Capela 4. A causa da morte não foi divulgada.
Natural de Bagé, no Rio Grande do Sul, e morando atualmente em Petrópolis, o artista iniciou sua carreira no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, entre 1972 e 1973. Na sequência, foi Conservador no Museu Nacional de Belas Artes, em 1974, onde desempenhou as funções de: Coordenador Técnico e Diretor – Substituto, de 1978 a 2001, tendo sido Curador de Pintura Brasileira de 2001 até 2013, quando se aposentou. Teve experiência nas áreas de Preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro e História e Crítica da Arte.
Seu interesse na história da arte no Brasil fixa-se no século XIX e primeiras décadas do século XX, tendo publicado os livros: Aspectos da Paisagem Brasileira – 1816–1916. (MEC/FUNARTE/MNBA, 1977), A Luz da Pintura no Brasil (Centro da Memória da Eletricidade no Brasil, 1994), Missão Francesa (Sextante, 2003), Alegoria às Artes – Léon Palliere (Museu Nacional de Belas Artes, 2016), e, co-autor dos livros Nicolas Taunay no Brasil: uma leitura dos Trópicos (Sextante, 2008) e The First Mass in Brazil, of Vítor Meireles, (Ministério da Cultura e Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Brasília, 2011) e Portinari – Coleção Museu Nacional de Belas Artes, (Editora Artepadilla, Rio de Janeiro, RJ, 2014), além de ensaios em catálogos e periódicos especializados.
Ele também realizou curadoria de exposições no Brasil e no exterior, envolvendo segmentos da arte brasileira oitocentista, moderna e contemporânea. Na última década estava se dedicando a projetos de preservação do patrimônio cultural e artístico brasileiro, realizando palestras e conferências sobre o assunto.
Xexéo também era membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte/ABCA e do Polo de Pesquisa Luso-Brasileiras do Real Gabinete Português de Leitura.