Petrópolis está preparada para as chuvas?
E a pergunta não se atém a obras de contenção e de recuperação do que já caiu. A gente reflete sobre o comportamental dos nossos gestores que, em ondas, deveria chegar à população uma cultura de prevenção e resiliência. E temos? Pelo que a gente vê, não. A exposição do problema, de forma aberta e franca, não é uma prática. A tomada de decisão é lenta. E a disseminação da informação é demorada, incompleta e sem objetividade. Acaba que setores se decidiram sozinhos indicar como se comportar como escolas, ônibus, mercados, lojas e por aí vai. A prefeitura se manifestou depois disso.
Falta muito ainda
Como a gente já vem dizendo há muito tempo, a prevenção vai ser de fato um cuidado com a vida, quando houver a cultura de evacuação ainda quando o céu estiver azul. Depois que começa o temporal, não é mais prevenção, é salve-se quem puder.
Menos pior
Em 2022, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) avisou à prefeitura e ao governo do estado sobre a ocorrência de um evento climático em Petrópolis com dois dias de antecedência, portanto no dia 13 de fevereiro. Na época, depois da tragédia, o Cemaden, no entanto, disse que sabia da chuva, mas não de sua intensidade. Pelo menos este ano sabemos que vai pode haver um acumulado de 300 milímetros.
Aditivos
É normal, no decorrer das obras, a verificação de necessidade de mais investimentos. Em casa é assim, a cada marretada se tem uma ‘surpresa’. Não seria diferente no âmbito público. Mas, a prefeitura deveria divulgar melhor os acréscimos nas obras em volume e em dinheiro. As caras obras de contenção da Vila Felipe e no Morro da Oficial, estimadas em R$ 9,7 milhões e R$ 8,4 milhões tiveram acréscimo. A primeira teve aditivo de R$ 823 mil e, a segunda, de mais R$ 956 mil.
Não há suspensão que aguente
É asfalto pra todo lado e os Partisans desconfiam que a pavimentação contribua imensamente para o alagamento as vias – as que ficam na parte ‘baixa’ dos bairros. Por isso, não estamos cobrando asfalto em locais como Raul de Leoni e Piabanha, não. Ali é paralelo e assim deve permanecer. Mas, vamos nivelar os paralelepípedos, pelo amor de Deus. Só se a prefeitura tem convênio com as oficinas mecânicas da cidade porque, misericórdia.
Contagem
E Petrópolis está há 316 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Cultura urbana
Com dança, música, teatro e até biblioteca comunitária, a prefeitura realizada a terceira edição do Festival de Cultura Urbana, uma imersão de três dias no tema entre 05 e 07 de abril na Praça da Águia. Já será a terceira edição.
Quase R$ 12 milhões.
Mas, a conta de investimentos da prefeitura no Parque da Ipiranga não é de ‘apenas’ R$ 10, 2 milhões para a construção do Pavilhão Niemeyer, não. Pediram pra gente lembrar de acrescentar que ainda tem mais R$ 1,5 milhão que a prefeitura está empregando naquelas ruínas de uma antiga casa, espaço que vai ser a sede administrativa do Parque. A soma chega a R$ 11,7 milhões.
E até agora, nada
Em outubro de 2022, a prefeitura anunciou que iria retomar as obras para o enterramento dos fios de energia elétrica no lado ímpar da Rua do Imperador, paralisado em 2009. Já tem quase um ano e meio e nada. Lembrando que as obras foram interrompidas por falta de recursos que foram suficientes apenas para fazer o lado par. Segundo a prefeitura, o governo do Estado deveria ter assumido as intervenções em 2018…
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