• Frente fria que chega a Petrópolis neste fim de semana já causa transtornos no Sul

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  • 21/mar 16:42
    Por Wellington Daniel

    A frente fria que se aproxima de Petrópolis já causou transtornos no Rio Grande do Sul. De acordo com informações do G1, a chuva da madrugada desta quinta-feira (21) causou o bloqueio de 27 pontos em sete rodovias federais e 10 locais em nove rodovias estaduais, além de deixar mais de 1,1 milhão de clientes sem luz. Por lá, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) era de acumulados de 100mm/dia.

    A massa de ar frio se formou no Sul do continente e entrou pelo Brasil no Rio Grande do Sul. Agora, a massa avança em direção ao Sudeste e também deve causar chuva forte em São Paulo, principalmente no Litoral Paulista, com valores próximos a 100mm.

    “Já no sábado, a frente chega ao Rio de Janeiro e tende a se estacionar. Então, os volumes de chuva previstos são maiores. Novamente, é difícil precisar um valor de chuva, mas um valor de referência seria o dobro do que para São Paulo, ou seja, 200 mm, mas pode ser também mais do que isso”, alertou o coordenador geral de Operações e Modelagem do Cemaden, Marcelo Seluchi, destacando que os maiores acumulados previstos são para a Região Serrana.

    Em Petrópolis, a Defesa Civil tem emitido constantes alertas. A União dos Estudantes de Petrópolis (UEP) e o Sindicato dos Professores (Sepe) pediram a suspensão das aulas nesta sexta-feira (22), mas até a última atualização, ainda não havia uma definição do município sobre o tema.

    Nova Friburgo e Teresópolis também estão em alertas. As escolas friburguenses e teresopolitanas não terão aulas nesta sexta-feira (22) e as defesas civis de ambos os municípios também reforçam os alertas pela imprensa e redes sociais.

    De acordo com o Cemaden, o sistema de chuva da tragédia de 2011, por exemplo, foi diferente, quando a Zona de Convergência do Atlântico Sul se combinou com outros fatores. Já em 2022, foi uma chuva intensa e concentrada em um curto prazo, uma única nuvem.

    “Então, aqui é uma frente fria, e as chuvas devem ser mais espalhadas na região, devem ser de longa duração e com variada intensidade de um momento para outro. Só que com volumes totais acumulados, depois de 24, 48 horas, muito elevados. Tem potencial de provocar tanto problemas hidrológicos como deslizamentos de terra. Estamos apontando os dois cenários como altamente prováveis. Então, preocupa, sim, a situação da Região Serrana do Rio de Janeiro como um todo, e por isso estamos avisando as autoridades da Defesa Civil nacional já faz um par de dias”, explicou.

    Seluchi ainda aponta que é importante a execução do Plano de Contingência e que os protocolos sejam seguidos.

    “Os modelos têm dificuldade para prever volumes de chuva, então é provável que os volumes previstos variem para mais ou para menos. De toda forma, é altamente provável que entre sexta-feira e domingo tenhamos situações de inundações e/ou deslizamentos de terra na faixa que vai de São Paulo até o sul de Minas Gerais e sul do Espírito Santo”, disse.

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