• Com Lula, jantar de aniversário do PT tem samba de Teresa Cristina e Janja no ‘parabéns’

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 21/mar 07:31
    Por Caio Spechoto / Estadão

    O jantar em comemoração aos 44 anos do Partido dos Trabalhadores, na noite desta quarta-feira, 20, teve discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e participação de ao menos 12 ministros. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) foi o único não filiado ao partido a subir ao palco.

    A sambista Teresa Cristina, acompanhada do violonista Carlinhos Sete Cordas, interpretou músicas de artistas como Cartola, Zé Kéti, Noel Rosa e Paulinho da Viola. Já a primeira-dama, Janja Lula da Silva, cantou parabéns para o PT com um bolo nas mãos.

    “Desculpa. Não ia fazer discurso, mas não posso ver um microfone”, disse Lula, que discorreu sobre a história do partido e falou sobre assuntos caros aos petistas. O presidente classificou as ações de Israel na Faixa de Gaza como “carnificina” e “genocídio” e afirmou que sua geração não estava acostumada com “campanha de ódio”. A composição da chapa presidencial com Alckmin, segundo Lula, foi uma demonstração de maturidade do partido.

    A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que o partido precisa manter a política de frente ampla que adotou em 2022. “Vamos eleger muitos companheiros e companheiras de outros partidos”, afirmou a parlamentar, em discurso.

    Além de Alckmin, que acumula a Vice-Presidência com a chefia do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, estavam presentes os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Nísia Trindade (Saúde), Esther Dweck (Gestão), Anielle Franco (Igualdade Racial), Margareth Menezes (Cultura), Luiz Marinho (Trabalho), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, era aguardado, mas não havia chegado até o fim da noite desta quarta – a celebração entraria pela madrugada. Costa, torcedor fanático do Bahia, estava ansioso por causa do jogo contra o rival Vitória, válido pela Copa do Nordeste. Alckmin, como virou hábito desde que fechou a aliança com o antigo rival Lula, foi tietado por petistas.

    O ex-ministro José Dirceu foi o mais assediado. Correligionários chegaram a fazer fila para abraçá-lo e tirar fotos. Garçons circulavam distribuindo água, refrigerante, cerveja, vinho e whisky, além de quitutes. Também era possível petiscar queijos e frios. O jantar tinha massa ao molho funghi, carne bovina e saladas.

    O ingresso mais barato para o evento custou R$ 350, e o mais caro foi vendido a R$ 20 mil. A procura pelas entradas foi grande. O Broadcast Político soube de demora na impressão dos ingressos pelo excesso de vendas e de preocupações dos organizadores com o possível excesso de pessoas no Centro Internacional de Convenções de Brasília.

    Houve uma rápida fila para entrar. Era necessário passar por detectores de metal por causa da presença de Lula. As portas se abriram às 20h. O presidente de Itaipu, Enio Verri, aguardou de pé na calçada a abertura do local por ao menos 30 minutos.

    Sidônio Palmeira, marqueteiro da campanha vitoriosa de 2022, conversou com Costa. Luriam Cordeiro Lula da Silva, filha do presidente, circulou pelo salão. Líder do governo no Senado e principal quadro do PT na Bahia, o senador Jaques Wagner ouviu de um petista de Carapicuíba (SP) que a população da cidade era em grande parte constituída por baianos e migrantes de outros Estados.

    A maioria das mesas era redonda, com toalha branca e um vaso de flores e uma estrela vermelha do PT como enfeites. As mesas dos ministros eram retangulares e ficavam perto de uma porta lateral, por onde muitos deles chegaram. Lula sentou em uma dessas, ao lado de Janja. O advogado Marco Aurélio de Carvalho ficou próximo do casal.

    Últimas