• Taxas de juros abrem estáveis por expectativa com Fed e acompanhando Treasuries

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  • 20/mar 09:46
    Por Gustavo Nicoletta / Estadão

    As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) abriram o pregão desta quarta-feira, 20, em leve alta, mas perderam fôlego na sequência, recebendo pressão negativa dos juros de Treasuries e da queda do dólar, e passaram a operar perto da estabilidade – onde devem ficar pelo menos até as 15h, quando o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, anunciará sua decisão de política monetária.

    A expectativa é de que o Fed mantenha os juros intactos, na faixa de 5,25% a 5,50%. A surpresa poderia vir nas projeções do comitê de política monetária a respeito da trajetória das taxas nos próximos meses ou nos comentários do presidente da instituição, Jerome Powell, em entrevista a partir das 15h30.

    No caso das projeções, a dúvida é se o Fed vai sinalizar menos cortes de juros em 2024. Esta hipótese fez os juros dos Treasuries subirem em sessões passadas e alcançarem os maiores níveis desde o final do ano passado. Esse movimento sofreu uma leve reversão recentemente, e por enquanto, a direção das taxas de juros no mercado americano é para baixo.

    Por volta das 9h40, a taxa da T-note de 2 anos, mais sensível às expectativas sobre a política monetária, recuava a 4,689%, de 4,692% na terça-feira, enquanto a taxa da T-note de 10 anos caía a 4,291%, de 4,299% na terça.

    No mesmo horário, a taxa do contrato de DI para janeiro de 2025 subia a 9,950%, de 9,947% no ajuste anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 tinha alta a 10,105%, de 10,103%. A taxa para janeiro de 2029 operava a 10,600%, de 10,598%.

    Além da decisão do Fed, os investidores também esperam a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, que será anunciada a partir das 18h30 – depois do fechamento do mercado.

    A previsão é de mais um corte de 0,50 ponto porcentual na Selic, a taxa básica de juros, e a expectativa de mudança está no trecho do comunicado que trata dos próximos passos do Copom – o chamado “forward guidance”.

    A dúvida é se o comitê vai continuar comprometido com cortes de 0,50 ponto porcentual “nas próximas reuniões” ou se vai mudar a sinalização dada ao mercado para algo mais restritivo, diante dos sinais de atividade econômica aquecida e resiliência das expectativas de inflação em níveis acima da meta de 3,0% ao ano.

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