Taxas de juros abrem em alta, mas viram para o negativo com títulos norte-americanos
Os juros futuros, que começaram o dia em alta, inverteram a tendência na manhã desta terça-feira, 19, influenciados pela queda das taxas dos títulos do Tesouro norte-americano, os Treasuries. Mais cedo, as taxas registravam avanços entre três e quatro pontos-base, alinhadas à alta do dólar e a uma certa instabilidade dos juros dos EUA, na véspera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Enquanto nos EUA as dúvidas estão em torno da sinalização do início dos cortes de juros, no Brasil, que também tem decisão de juros na quarta-feira, as incertezas giram em torno da manutenção ou retirada do “forward guidance”, como medida de cautela diante da inflação resistente.
Entre os destaques da manhã esteve o Boletim Focus, do Banco Central. O documento mostrou que a projeção para o IPCA – índice de inflação oficial – subiu de 3,77% para 3,79% para 2024. Para 2025, foco principal da política monetária, também houve deterioração, de 3,51% para 3,52%. O mercado manteve em 9% ao ano a mediana para a taxa Selic no encerramento de 2024, pela 12ª semana consecutiva.
Às 10h16, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 9,965%, ante 9,982% do ajuste de ontem.
A taxa do DI para janeiro de 2026 era de 9,885%, na mínima do dia, contra 9,930% do ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2027 projetava 10,14%, de 10,178%.