Empresa petropolitana leva estudantes para projeto na Nasa

O mês de abril está começando com novidades para os estudantes Gabriel Castilho e Ana Izecksohn. Eles seguem rumo a Base Espacial de Huntsville nos Estados Unidos, onde participam da competição Rover Challenger, da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) nos dias 12 e 13. A dupla está sendo levada pelo professor de robótica Sérgio França, da empresa petropolitana Infotec Educacional. De acordo com o profissional, a Nasa acredita que os jovens são a próxima geração a pisar em Marte. Eles também querem inspirar os jovens para que tomem gostem pela ciência, buscando solucionar problemas cotidianos que são vividos no ambiente destes profissionais.

É na cidade de grandes projetos, como o Apolo 11 – vôo tripulado norte-americano que fez o primeiro pouso na Lua em julho de 1969 – que os estudantes terão a oportunidade de dialogar com alunos de ensino médio, propondo soluções para um veículo de exploração tripulado. O transporte tem de ser forte para atravessar um percurso que simula as condições de Marte. Quem terminar o caminho no menor tempo, cumprindo todas as tarefas e fincando a bandeira do país no desembarque, deve se atentar também para o custo total, assim como soluções de engenharia. 

“A NASA espera que você consiga construir um veículo de exploração espacial. O que eles querem são ideias que partem de adolescentes, principalmente quando o assunto são as rodas, que eles querem mais sustentáveis e resistentes. A disputa é como se fosse uma missão em Marte e eles vão pontuando para os participantes. Fizemos um carro com a metade em metalon e metade em alumínio, com uma parte de energia solar acoplada, para tentar mais um título nessa disputa”, diz o instrutor. 

O primeiro teste deste carro foi feito no Parque Municipal, em Itaipava. Os alunos são de escolas parceiras da empresa no Rio, mas vêm constantemente a Petrópolis para fazer exercícios, treinamentos e desenvolver os projetos. O jovem participa pela segunda vez da competição, sempre realizada com duplas formadas por uma dupla. No ano passado, ganhou em primeiro lugar, numa categoria de veículos com a melhor solução logística. O objetivo agora é alcançar o topo na classificação na disputa pelo melhor tempo de prova. 

“Corrigimos alguns erros do ano passado. Passamos a utilizar um material mais leve na confecção do Rover — alumínio em vez de barras de ferro, por exemplo. A expectativa é que tenhamos um desempenho melhor do que no ano passado”, detalha Gabriel Castilho.

A preparação física também vem sendo feita pelos alunos, que não podem utilizar equipamentos motorizados. Todo o esforço é feito por meio de pedais, onde braços e pernas, são instrumentos para cumprir as tarefas. “Tenho malhado bastante para dar conta do percurso. Fora isso, estou tentando manter a calma e ainda pensando nas estratégias do que fazer ou não, nas tarefas exigidas pela competição”, explica Ana Izecksohn sobre a preparação na reta final.