MPRJ e Polícia Civil fazem operação para apreender novos telefones celulares do ex-presidente da Câmara, Paulo Igor
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Subprocuradoria-geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos, e a Polícia Civil, por meio da Coordenadoria de Investigações de Agentes com Foro – CIAF, realizam nesta segunda-feira (01), nova fase da Operação Caminho do Ouro que, em 12 de abril de 2018, cumpriu mandados de prisão preventiva contra o então presidente da Câmara de Vereadores de Petrópolis, vereador Paulo Igor da Silva Carelli. O objetivo é cumprir mandado de busca e apreensão na residência do parlamentar, para recolher novos aparelhos de telefone celular e equipamentos eletrônicos, com a quebra de sigilo de mensagens e dados de informática.
Na nova denúncia, apresentada no dia 22 de fevereiro, aponta o MPRJ que, em 11 de janeiro de 2019, quando do cumprimento de outro mandado em sua residência, situada no Morin, em Petrópolis, Paulo Igor embaraçou as investigações de infrações penais que envolvem organização criminosa da qual é integrante, ao desinstalar o aplicativo de comunicação Whatsapp de seu aparelho celular, após ser comunicado acerca da execução da ordem judicial. Ao agir dessa forma, diz o Ministério Público, o denunciado, acusado do desvio de mais de R$ 1,4 milhão de recursos públicos do município da Região Serrana, teve a intenção de dificultar o acesso dos órgãos de persecução penal aos indícios e às provas certamente presentes no seu telefone sobre os crimes de corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude em licitação nos quais está envolvido.
Afastado da Câmara
A Câmara Municipal foi oficiada de nova decisão judicial determinando o afastamento do vereador Paulo Igor de suas funções na Câmara Municipal. Desta vez a decisão é referente ao inquérito que investiga a origem e destino do dinheiro encontrado na casa de Paulo Igor em abril do ano passado. Ele corre em segredo de Justiça.
A nova decisão, no entanto, não muda a rotina da Cãmara, já que a Justiça já havia determinado seu afastamento em inquérito anterior, que apura crimes de fraude em licitação e peculato, na época em que Paulo Igor era presidente da Casa Legislativa. Por conta deste inquérito, Paulo Igor chegou a ficar cinco meses preso.
O ofício informando sobre a nova ordem de afastamento foi entregue à Mesa Diretora da Câmara na manhã desta segunda-feira (1). O documento, do 1º Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Rio, informa sobre a decisão proferida no dia 21 e frisa que o vereador está impedido de acessar o Legislativo.
Esse processo já levou ao afastamento de quatro parlamentares, no dia 11 de janeiro, corre em sigilo de Justiça. Ele apura a origem e destino do dinheiro encontrado na casa de Paulo Igor em abril do ano passado. Na época, ao cumprir mandado de prisão do vereador e de busca e apreensão em sua casa, a polícia encontrou dinheiro escondido no compartimento do motor de uma banheira. As notas estavam separadas em pequenos montes e tinham papéis com iniciais que, segundo o Ministério Público, eram dos vereadores afastados.
Leia também: Vereadores investigados na Operação Sala Vip estão impedidos de entrar na Câmara
Leia também: Carta do vereador Paulo Igor
Leia também: Defesa de Paulo Igor diz que dinheiro achado na banheira era para campanha eleitoral