BCE aceitará desvios da taxa de depósitos, desde que não mudem política monetária, diz Schnabel
O Banco Central Europeu (BCE) “tolerará desvios” da taxa de depósitos no fornecimento de liquidez pelo seu balanço patrimonial, desde que não afetem a política monetária, afirmou a dirigente Isabel Schnabel, em discurso preparado encontro do Money Market Contact Group.
Este novo parâmetro – chamado pela dirigente de “piso suave” – faz parte da nova estrutura operacional lançada na quarta-feira, 13, pelo banco central, que inclui direcionamentos para incentivar empréstimos entre os bancos, reduzindo a dependência do balanço patrimonial do BCE para garantir a liquidez. “É um sistema de natureza por demanda”, pontuou Schnabel.
“Entretanto, uma volatilidade excessiva que interfira na orientação da política monetária ou um desvio persistente das taxas do mercado monetário em relação à taxa de depósitos poderia exigir a revisão dos parâmetros da estrutura”, alertou.
Ao mesmo tempo, o BCE manterá a redução do seu balanço patrimonial. Schnabel espera que o portfólio de títulos reduza para aproximadamente 2,1 trilhões de euros até o fim de 2025.