• Previsão do Focus de IPCA para 2024 passa de 3,76% para 3,77%

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 12/mar 08:49
    Por Fernanda Trisotto / Estadão

    A expectativa para a inflação deste ano oscilou para cima no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta terça-feira, 12. A projeção de 2024 passou de 3,76% para 3,77%. Um mês antes, a mediana era de 3,82%. Para 2025, que também está no foco da política monetária, agora já em maior grau que 2024, a projeção seguiu em 3,51%.

    Considerando as 55 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 3,70% para 3,75%. Para 2025, a projeção seguiu em 3,50%, considerando 55 atualizações no período.

    Para 2026, a projeção continuou em 3,50% pela 36ª semana consecutiva – seguindo a reancoragem apenas parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para este e os próximos anos. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa seguiu em 3,50%, como também está há 36 semanas.

    As estimativas do Relatório de Mercado Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3,00%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.

    O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou no fim de janeiro projeção de 3,5% para o IPCA de 2024, igual à da reunião anterior, de dezembro. Para 2025, também seguiu em 3,2%. O colegiado reduziu a Selic pela quinta vez consecutiva em 0,50 pp, para 11,25% ao ano.

    Projeção suavizada

    Os economistas do mercado financeiro reduziram a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses no Relatório de Mercado Focus desta semana, de 3,60% para 3,51%, de 3,77% há um mês.

    Em junho do ano passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ao Conselho Monetário Nacional (CMN) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iria editar decreto estabelecendo uma meta contínua de inflação a partir de 2025, em substituição à atual meta-calendário.

    No dia 20 de outubro, porém, Haddad confirmou que não havia previsão para publicar o decreto que regulamenta a meta de inflação contínua. Como mostrou o Estadão/Broadcast, com a chegada de mais diretores do Banco Central indicados por Lula, o decreto da meta de inflação poderia ser finalmente publicado, o que ainda não ocorreu.

    Curto prazo

    Os economistas mantiveram as expectativas de inflação de curto prazo no Relatório de Mercado Focus desta terça. A mediana para fevereiro de 2024 seguiu em 0,77%. Há um mês, a expectativa era de 0,70%. Para o IPCA de março, a estimativa continuou em 0,24%, de 0,27% um mês antes. Já para abril, a previsão para o indicador seguiu em 0,35%, ante 0,38% de quatro semanas atrás.

    Últimas