Os contratos emergenciais fechados pela Prefeitura de Petrópolis para o transporte e transbordo do lixo urbano encareceu o serviço em 192,44%. De julho de 2023 a janeiro de 2024, o preço da tonelada passou de R$ 59,03 para R$ 172,63. Na Câmara Municipal, os vereadores já comentam sobre a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Em julho de 2023, a PDCA cobrou o valor de R$ 59,03 a tonelada para o município, o que deu o total de R$ 417.679,80. A empresa fazia parte do consórcio Limpserra, sendo a última cobrança deste, antes do fim do contrato, que se encerrou no dia 18 daquele mês.
Ainda em julho, a AMI3 assumiu o serviço por meio de um contrato emergencial. Neste primeiro momento, o custo do transbordo já aumentou 74,49%, passando a ser cobrado R$ 103 por tonelada.
Os contratos emergenciais foram debatidos na Justiça e, após acordo, a Prefeitura voltou a assinar com a AMI3 em janeiro. Dessa vez, o valor subiu ainda mais, chegando a R$ 172,63 por tonelada. A estimativa é que o valor global do contrato, válido por 180 dias, seja de R$ 7,1 milhões.
A Tribuna de Petrópolis noticiou o aumento na última quinta-feira (29) entre os contratos emergenciais, que foi de 67,6%. No mesmo dia, os vereadores Domingos Protetor (PODE) e Dr. Mauro Peralta (PRTB) comentaram o caso em sessão na Câmara. Peralta propôs a criação de uma CPI.
“Tem que haver uma licitação, pelo menor preço. Esse negócio de emergencial não funciona. Mas, vamos abrir todos os contratos, colocar em cima da mesa e verificar se a denúncia é verdadeira ou não”, disse o vereador.
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Domingos Protetor também reforçou que é preciso investigar. “Isso é um caso muito sério. Precisamos, realmente, verificar o que está acontecendo, fiscalizar e tomar providência”, ressaltou.
A reportagem tenta contato com a AMI3 e a Prefeitura desde a quarta-feira (28) sobre as denúncias, mas até a última atualização, não obteve retorno.