MP pede investigação sobre suposta participação obrigatória de PMs em evento religioso
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) requisitou à Corregedoria-Geral da Polícia Militar do DF a instauração de procedimento de investigação preliminar para apurar suposta participação obrigatória de policiais militares em evento religioso. O prazo para atendimento da requisição é de 5 dias.
Segundo o órgão, a 3º Promotoria de Justiça Militar do Distrito Federal tomou conhecimento de que o 6º Batalhão da PMDF teria obrigado policiais sob seu comando a irem à “Formatura Geral” na sede de uma igreja localizada na Asa Sul, em Brasília.
O evento teria ocorrido na manhã da última terça-feira, 27, e a convocação dos oficiais teria sido anunciada em um grupo de WhatsApp na noite anterior. Uma vez escalados, os policiais não poderiam faltar, nem se estivessem de folga na data. O Ministério Público disse que soube das informações através de uma reportagem de um veículo de comunicação que apurou, ainda, que a PMDF teria disponibilizado transporte oficial, saindo da sede do batalhão.
“Os elementos apurados até o momento apontam indícios da suposta prática dos crimes de peculato; prevaricação; inobservância da lei, regulamento ou instrução; aplicação ilegal de verba ou dinheiro; abuso de confiança ou boa-fé; patrocínio indébito; usurpação de função, todos do Código Penal Militar, além da prática de improbidade administrativa prevista na lei, que será apurada”, informou o MPDFT.
O órgão já requereu à Justiça o afastamento do comando do 6º Batalhão, além de sua transferência de unidade, até o encerramento das investigações.
A Polícia Militar do DF disse, em nota pública, que o encontro teve o objetivo de homenagear os policiais destaques e passar orientação à tropa do novo comandante. A cerimônia ocorreu três meses após a chegada do novo comandante e foi realizada em espaço cedido, sem custo, pela igreja do 1º Comando Regional, a qual o batalhão pertence, informou também a PM.