• Americanas tem prejuízo líquido de R$ 1,621 bi no 3º trimestre, 17,8% menor na comparação anual

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  • 26/fev 07:06
    Por Matheus Piovesana e Altamiro Silva Junior / Estadão

    A Americanas anunciou nesta segunda-feira, 26, os esperados números de 2023 da rede de varejo, após dois adiamentos. A empresa anunciou prejuízo de R$ 1,621 bilhão no terceiro trimestre, 17,8% menor do que a perda de R$ 1,972 bilhão um ano antes, número já corrigido em relação aos R$ 212 milhões de prejuízo que originalmente a empresa tinha anunciado.

    Nos nove primeiros meses de 2023, a Americanas acumulou prejuízo de R$ 4,611 bilhões, queda de 23,5%. “O ano de 2023 foi, sem dúvida, o mais desafiador da história da Americanas, não só pela magnitude da fraude revelada, mas pela necessidade de reconstrução que se apresentou”, comenta a administração da rede de varejo no balanço.

    O Ebitda (lucro antes dos impostos, juros e amortizações) ficou negativo em R$ 1,559 bilhão nos nove primeiros meses de 2023, perda 21,3% maior em um ano.

    Com a descoberta do rombo, e a desconfiança em relação ao futuro da rede de varejo, as vendas da empresa, uma das maiores do Brasil, caíram. A venda bruta (GMV) foi de R$ 16,059 bilhões nos nove meses de 2023, queda de 51,1% em um ano.

    No terceiro trimestre, a receita líquida somou R$ 3,261 bilhões, baixa de 39,2% ante igual período de 2022. No acumulado de nove meses, a receita ficou em R$ 10,293 bilhões, queda de 45%.

    Dívidas em alta

    Um dos números mais esperados pelos analistas é o do endividamento da rede de varejo. No encerramento do terceiro trimestre de 2023, as dívidas líquidas somaram R$ 33,443 bilhões, um aumento de 10,6% na comparação com setembro de 2022. A dívida bruta somou R$ 38 bilhões. O endividamento, ainda em patamares altos, tem tendência de “relevante redução” com a execução do Plano de Recuperação Judicial, afirma a Americanas.

    O caixa da empresa, que chegou quase a zerar logo depois da descoberta do rombo, encerrou setembro em R$ 4,929 bilhões, baixa de 49,5% em 12 meses.

    “Hoje já podemos dizer que superamos a fase mais crítica pela qual a Americanas passou”, afirma o comando da Americanas no balanço.

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