• Itamaraty diz que Lula deve ter ao menos 2 reuniões bilaterais em viagem à Guiana

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  • 23/fev 17:45
    Por Caio Spechoto / Estadão

    A secretária de América Latina e Caribe do Ministério de Relações Exteriores (MRE), Gisela Maria Padovan, disse nesta sexta-feira, 23, que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deverá ter ao menos duas reuniões bilaterais em sua visita à Guiana e a São Vicente e Granadinas. Ela falou a jornalistas no Palácio do Itamaraty em um evento conhecido como briefing – quando diplomatas explicam a jornalistas como será a viagem do presidente.

    Lula participará da reunião da Caricom, bloco dos países caribenhos, na Guiana e, em São Vicente, da cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

    As prováveis bilaterais serão com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, e com a primeira ministra de Barbados, Mia Mottley. Também é possível uma reunião trilateral com autoridades guianenses e de Suriname.

    A diplomata disse que Lula provavelmente mencionará a disputa entre Venezuela e Guiana na conversa com o presidente guianense, mas não de forma a tomar lado. Seria no sentido de agradecer ao político por aceitar discutir o assunto com venezuelanos. O Brasil tenta ser um mediador da disputa entre os dois países pelo território de Essequibo.

    “O Brasil não se manifesta sobre o cerne da questão. O que nos compete é facilitar o diálogo”, afirmou a secretária de América Latina e Caribe.

    Lula terá compromissos na Guiana em 28 e 29 de fevereiro. As reuniões bilaterais provavelmente serão no primeiro dia. Depois, vai para São Vicente e Granadinas.

    A secretária do MRE disse que outros ministros, além de Mauro Vieira (Relações Exteriores), devem acompanhar o presidente. Citou como exemplo a ministra do Planejamento, Simon Tebet, que tem projetos de integração com países vizinhos.

    O diretor do Departamento de México, América Central e Caribe do Ministério, Elio Cardoso, disse que o comércio entre o Brasil e a comunidade caribenha aumentou nos últimos anos. “Da pandemia para cá aumentou de US$ 1 bilhão para US$ 2,5 bilhões.”

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