A 48 horas do prazo, CPTrans não sabe a quem transferir linhas da Cascatinha
Há pelo menos dois meses se ouve, nos bastidores, que a situação das empresas de ônibus Cascatinha e Petro Ita chegaria ao cenário atual, com a primeira saindo de cena para tentar salvar a segunda, considerando que são do mesmo grupo. A própria CPTrans pedia à justiça, não querendo assumir para si o papel decisório, que fosse dada uma definição na transferência das linhas da Cascatinha. Enquanto isso, a questão com a Petro Ita, em segunda instância judicial, ia ganhando uma sobrevida. E na semana passada, saiu a decisão da justiça local dando prazo para a substituição até à meia noite de amanhã. E a CPTrans, até agora, não providenciou uma ou mais empresas para assumir as linhas da Cascatinha. Mas ela não se preparou? Se estava pensando que a Cascatinha fosse conseguir reverter a decisão no Tribunal de Justiça, apostou mal.
E agora?
Tá explicado o motivo pelo qual a prefeitura disse que não conseguiu uma empresa de ônibus para assumir as linhas da Cascatinha, como determinou a justiça – prazo que termina amanhã, inclusive. O supra sumo da Turp, empresa que iria absorver as linhas, estaria em viagem de férias no exterior. E a palavra final é dele. Bateu já um desespero na prefeitura.
A cara nem queima
Quanto tempo demora para chegar um e-mail? Coisa de dois segundos? Pois o presidente da CPTrans, Thiago Damaceno, na cara dura, disse aos membros do Comutran reunidos na noite de segunda-feira, que não tinha sido notificado da decisão do juiz Jorge Martins sobre uma outra empresa assumir as linhas da Cascatinha. A decisão é do dia 16, o juiz mandou intimar de forma eletrônica e na tarde de segunda já circulava em grupos de whatsapp o documento oficial com a decisão judicial. E a CPTrans não quis tocar no assunto na reunião porque não tinha sido ‘notificada’.
Perdeu de novo
A Cascatinha avisou que ia recorrer e assim o fez. Mas, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro indeferiu na terça-feira à noite o recurso da viação Cascatinha que tentava derrubar a decisão do juiz Jorge Martins, da 4ª Vara Cível de Petrópolis, visando permanecer na operação das linhas que o juízo mandou a CPTrans transferir para uma ou mais empresas. É a segunda vez que a Cascatinha perde no Tribunal de Justiça. Quando a CPTrans transferiu oito linhas da Cascatinha no Carangola para a Cidade das Hortênsias, em 2022, a empresa também recorreu ao TJ, mas perdeu.
Contagem
E Petrópolis está há 288 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Craque
Tem uma coisinha que a gente não entendeu: na segunda, o vereador Hingo Hammes, gravou vídeo para as redes sociais em frente ao terminal Corrêas anunciando a decisão judicial sobre a Cascatinha. Mas, naquele ritmo ofegante, tal como jogador de futebol que é entrevistado no final do jogo que teve prorrogação. Mas, Hingo, você foi correndo até o terminal para estar sem fôlego?
Xiiiii!
Tem gente em grupos de whatsapp printando conversas de cargos comissionados da gestão Bomtempo que usam o horário de expediente para ‘defender’ a gestão quando há críticas nestes debates acalorados. Estão printando e cruzando com as nomeações oficiais para mostrar que o povo tá na rede quando deveria estar trabalhando.
Terceirização da Educação
Nada menos que 18 empresas se apresentaram na licitação de terceirização de 1,2 mil cargos na Educação, certame realizado na terça-feira. Mas, ‘apenas’ 13 delas foram credenciadas. O grande interesse não é para menos: a prefeitura estipulou teto de R$ 64 milhões por 12 meses para o fornecimento de mão de obra para as escolas. A empresa atual, a Capital Ambiental, foi que apresentou o menor valor, em R$ 53,6 milhões. A anterior, a De Sá, foi a segunda com a menor proposta, em R$ 54,2 milhões. Como foram muitas empresas participantes, a concorrência foi suspensa e a comissão licitante vai avaliar as propostas e bater o martelo.
Ih, vai demorar!
E o Inpas aditou o contrato de reforma do prédio de sua propriedade na Rua Teresa, aquele que iniciou construção em 2008 e até hoje não foi concluído. Foram adicionados mais R$ 217 mil ao contrato original de cerca de R$ 750 mil. Bem que a gente achou que tava barato demais. E ainda não tem prazo para conclusão, não.
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