• Oi lidera ranking de reclamações junto ao Procon

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  • 15/03/2019 11:19

    A Oi continua liderando o ranking de reclamações do consumidor petropolitano, com 217 queixas só em 2019. A lista, divulgada pelo Procon nesta sexta-feira (15), Dia do Consumidor, traz ainda a Enel, com 74 reclamações em segundo lugar, a Águas do Imperador que teve 56 queixas, o banco Bradesco com 46 e a operadora de telefonia Claro, com 46. Ao longo do dia, a equipe do órgão esteve nas ruas distribuindo o Código de Defesa do Consumidor e, quem foi até à sede do Centro, recebeu um pedaço de bolo.

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    O Top 10 é completado ainda pela Casas Bahia (39 reclamações), Itaú (38), Caixa Econômico Federal (26), Tim (17) e Sky (14). “Uma lista negativa, mas, felizmente, temos uma taxa de resolutividade superior a 90%, ou seja, o problema existe, só que na grande maior das vezes ele é resolvido”, explicou o coordenador do órgão, Bernardo Sabrá.

    Uma nova lista, no entanto, com empresas cujo o compromisso com o consumidor é levado a sério, é o objetivo do Procon. Por isso, o órgão trabalha no Selo de Excelência Procon, que será disponibilizado anualmente a 30 empresas, de diversos segmentos, que passarem por uma série de requisitos preestabelecido pelo órgão. A primeira premiação ocorrerá em 2020 e as empresas já podem se inscrever para concorrer ao selo no próprio Procon.

    Ação educativa e distribuição do CDC

    A equipe do Procon foi às ruas para conversar com o consumidor petropolitano sobre seus direitos, distribuindo uma versão do Código de Defesa do Consumidor. A ação foi acompanhada no período da manhã pelo vereador Antônio Brito.  A ideia é trabalhar a educação para o consumo, dando ao consumidor embasamento jurídico, utilizando o CDC, sobre o que pode cobrar na prestação de um serviço ou na compra de um produto. Além disso, a ideia é fazer com que a população realmente reclame e faça valer os seus direitos.

    “Uma pesquisa realizada pela FGV em 2011 apontou que apenas 16% dos consumidores já consultaram o Código e 62% afirmaram que nunca ou raramente reclamam quando enfrentam problemas de consumo ou não ficam satisfeitos com um produto ou serviço adquirido. E, embora a pesquisa seja antiga e este cenário esteja mudando, ainda são poucas as pessoas que realmente exigem os seus direitos”, explica Sabrá.

    Uma segunda equipe do Procon esteve nos polos de moda realizando esclarecimento aos empresários. Dicas sobre o como o empresário pode se portar diante das reclamações e o que realmente o consumidor pode exigir com base na legislação.

    “É uma iniciativa louvável. Trabalho há mais de 60 anos com comércio e é a primeira vez que vejo o Procon tão atuante. Essa ação de ir nas lojas demonstra um compromisso e respeito não só com o consumidor, mas com os empresários”, destacou o comerciante José Queiroz. Já Andréa Cirino, que trabalho há 20 anos no setor destacou que o Código de Defesa do Consumidor é um aliado na hora de esclarecer as responsabilidades de empresa ou cliente. “Já precisei consultar algumas vezes e acho muito importante essa ação que o Procon está fazendo, com uma atuação efetiva”, destacou.  

    Bolo e bolas para receber o consumidor

    E foi em ritmo de festa o expediente da equipe do Procon nesta sexta. Cada consumidor que chegava ao local era recebido com decoração temática e um grande bolo, além de refrigerante. “O Procon só existe porque as pessoas vêm aqui, buscar o nosso apoio para resolver suas demandas. É uma singela homenagem da sua equipe a essas pessoas”, destaca Sabrá.  

    O Dia Mundial do Consumidor surgiu há 57 anos como forma de promover uma reflexão sobre os direitos do consumidor. Em 1962 desse mesmo dia, o ex-presidente norte-americano, John F. Kennedy foi ao Congresso americano e defendeu os direitos dos consumidores, dentre eles o acesso à informação e a garantia que o cliente deve ser ouvido. Em 1985, a ONU, influenciado pela fala de Kennedy, aprovou diretrizes que ajudaram a construir leis que aprimoraram as relações de consumo ao redor do mundo, como é o caso do Brasil e do Código de Defesa do Consumidor, sancionado em 1990.

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