• Demolição das ruínas das chuvas ainda não foi concluída

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  • 16/fev 04:16

    E segue lento o serviço de demolição das ruínas das chuvas de 2022, contrato assinado em maio do ano passado. São 134 imóveis a terem seus restos demolidos, em especial no Alto da Serra, mas também no Quitandinha, Bingen, Valparaíso, Morin, Estrada da Saudade, Independência… E a prefeitura, em dezembro, deu ordem de paralisação à empresa Petrovias para reajustar os quantitativos da planilha de R$ 3,4 milhões. No contrato original, já prorrogado, o prazo era de 90 dias para a conclusão das intervenções.

    Nem casas, nem abrigão

    Lembramos de mais essa providência em função dos dois anos da tragédia de 2022, completados ontem, dia em que a cidade amanheceu triste e chuvosa. Depois de 24 meses da tragédia – a terceira maior depois de 2011 com 73  mortos e 1988 com 171 mortos – a cidade não apresentou uma política habitacional efetiva e contínua. Nem mesmo o abrigão da Floriano Peixoto, com 22 quitinetes e 10 apartamentos de um quarto, ficou pronto.

    Prestação de contas

    O prefeito Bomtempo, às vésperas do Carnaval, atualizou a relação de obras de reconstrução. Isso para evitar críticas ao apoio da prefeitura à folia e também para ‘prevenir’ apanhar muito quando chegasse dia 15.  O governo do Estado soltou nota no final do dia ontem falando de investimento de R$ 700 milhões na cidade, mas sem a presença de secretários nos locais das obras e sem anunciar as que ainda serão licitadas e que estão em atraso.

    Chuvas fizeram 692 vítimas desde 1988

    Tivemos grandes tragédias, mas o problemas das chuvas, ocorre sempre, em alguns anos com menos vítimas, mas com igual pesar. Numa triste contagem, entre 1998 e 2022,  foram 692 vidas perdidas.

    Falta é continuidade

    Em 2018, na gestão Rossi, a prefeitura aprovou na Câmara de Vereadores o projeto Defesa Civil nas Escolas, iniciativa pioneira no país, para disseminar a cultura da prevenção e educação ambiental. Estava funcionando na rede pública e teve interesse de escolas particulares. Mas… acabou abandonado. Quem denuncia é o pré-candidato a prefeito, Leandro Azevedo. Mesmo sendo iniciativa de Rossi, ele cobrou o retorno do programa. É disso que a gente fala (sem querer incensar Leandro): continuidade.

    E as empresas de ônibus ‘denunciaram’ que tem um estacionamento irregular de veículos de passeio dentro do Terminal Itaipava. Mas, gente… Cadê o secretário Ramon TikTok Melo pra acabar com essa bagunça? Porque chamar a CPTrans que administra os terminais não deve resolver, né?

    Bagunça segue

    E o secretário de Serviços, Segurança e Ordem Pública, Ramon TikTok Melo, lançou o bordão ‘acabou a bagunça’ em suas redes sociais, frase que fala gritando para dar aquele medão na malandragem. Ele se refere às motos barulhentas. Mas, eis que a última apreensão foi de duas motos, na terça feira antes do Carnaval, feita pela PM. E aí o povo tá se manifestando nas redes de Ramon denunciando locais onde a desordem permanece e ainda tascando: ‘não acabou a bagunça, não’.

    Só depois

    Falando nisso, a SSOP só montou operação na cachoeira da Rocinha, em Secretário, no Carnaval, depois que recebeu denúncias do problema milenar lá: parada irregular e excesso de carros acessando o local. Mas, não dava para ter previsto essa operação considerando que nos finais de semana, em especial os de feriado, se tiver sol as cachoeiras lotam? E não é só lá, não.

    Um dos locais – carregados de cultura – mais bacanas da cidade e pouco explorado pelo morador e turista: Centro Cultural Estação Nogueira, aqui em foto de Rosane Pimentel.

    Contagem

    E Petrópolis está há 282 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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