• Transportadora de gás NTS prepara emissão de R$ 8 bilhões em debêntures

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  • 03/fev 16:40
    Por Luciana Collet / Estadão

    A Nova Transportadora do Sudeste (NTS) pretende captar nas próximas semanas R$ 8 bilhões por meio de uma emissão de debêntures voltada a investidores institucionais. A oferta da NTS será feita em três séries e com vencimento final em dez anos. O montante supera os R $ 7 bilhões captados pela Eletrobras no ano passado, na maior captação já realizada no mercado de renda fixa do Brasil.

    Os recursos captados serão aplicados em um fundo exclusivo, que adquirirá R$ 8,6 bilhões em notas a

    serem emitidas pelos acionistas da NTS – os principais acionistas da empresa hoje são um fundo Nova

    Infraestrutura Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, gerido pela Brookfield Asset

    Management, que detém 91,5% das ações, e a Itaúsa, com 8,5%. A transação estruturada prevê o uso do

    fluxo de dividendos aos acionistas como a principal fonte de pagamento da emissão.

    A Fitch Ratings atribuiu nesta semana o Rating Nacional de Longo Prazo AAA(bra) à proposta de sexta

    emissão. A agência de avaliação de risco classifica a NTS com o Rating Nacional de Longo Prazo AAA

    (bra), com perspectiva estável. A instituição afirma que o rating reflete o modelo de negócios da

    companhia, considerado “sólido”, tendo em vista a característica monopolista, e os contratos de

    longo prazo sem risco volumétrico e com uma estrutura de garantias, que proporcionam proteção das

    receitas e margens elevadas.

    “A Fitch considera que as debêntures propostas fazem parte de uma estrutura para a antecipação de

    recursos aos acionistas, que implica em compromissos financeiros adicionais à NTS e aumento

    gerenciável de sua alavancagem financeira. Ainda assim, o perfil financeiro da NTS continuará forte

    e compatível com a atual classificação”, disse.

    A agência também comentou que a emissão de debêntures proposta elevará a alavancagem financeira da

    NTS para até 3,0 vezes até 2028, com tendência de declínio a partir de 2029, quando se iniciam as

    amortizações do principal da operação. No cenário-base de rating anterior, a relação dívida

    líquida/Ebitda permanecia abaixo de 2,0 vezes.

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