Mulher, um quê de anjo
“Mulher para mim, em sinuosas ou curvas, esconde mistério, se resume em amor. Mulher para mim age com o coração, é um todo em emoção. Mulher para mim se revela no olhar, cristaliza o perdão. Mulher para mim tem um quê de Anjo, Centelha Divina, é misto de flor! Mulher para mim é sacrário do Espírito Santo, protege em seu ventre o filho gerado. Mulher para mim é Santa, porque é renúncia, vigília, dedicação e agasalho… Bendita mulher que povoa o mundo, perfuma o leito, ainda que se resuma em solidão. A mulher é um misto de riso e lágrima, alegria e dores, mesmo sendo frágil, faz-se gigante, tendo sempre ombros para quem neles precise chorar. A mulher é tão grande e nobre, que sendo rica faz-se pobre, sendo pobre irradia mais que ouro, prata e ofir, qual sarça em fulgurante luz. Maria, mulher notável, é resumo de todas vocês, pois, seu nome eternizou-se da ressurreição à cruz, gerou o pão Divino e nosso Salvador Jesus.” Concluídas as minhas reflexões sobre essas heroínas, cujo poema lhes dedico, mais que oportuno ao ensejo do Dia Internacional da Mulher que se celebra em oito de março de cada ano (para mim são todos os dias,) com muito gosto aqui será incluído como parte das homenagens mais uma poesia. No entanto, a próxima obra literária que, doravante iluminará este espaço é da lavra de Paulo Roberto Damico, professor de História e Geografia, formado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da Universidade Católica de Petrópolis que exerceu o magistério estadual e municipal por mais de três décadas. Poeta e fotógrafo, figura nas antologias “Salvados do Incêndio”, “Anuário de Poetas Petropolitanos” – 1987 e “Nossos Poetas” 2. Atualmente é sócio efetivo do Instituto Histórico de Petrópolis, ocupando a cadeira número 35, de Bernardo Soares Proença e membro honorário da Academia Petropolitana de Letras e autor de vários poemas publicados em livros e na imprensa petropolitana. Desta vez nos brinda com a poesia intitulada “UMA REVOLUÇÃO PACÍFICA”, em que ele aborda com muito realismo e profunda sensibilidade os caminhos difíceis percorridos pela mulher em busca de sua liberdade e ascensão social, desde o regime patriarcal até os dias atuais. Sem mais delongas eis sua poesia: “Da escravidão no passado/e da dominação patriarcal,/a mulher continua lutando/pela sua ascensão social./Hoje são vítimas indefesas/de estupros e da escalada do feminicídio desenfreado./Elas clamam por uma sociedade mais justa,/para que sejam humanamente respeitadas./O caminho é muito difícil e espinhoso/neste mundo em transformação./Mas a sua fibra de mulher guerreira/vem atravessando todas as nações./Esse movimento que se espalhou pelo mundo inteiro,/vem sendo motivo de grande apreensão./Agora, elas estão mais corajosas, resolutas/e pretendem mudar toda a situação…/Que abaixem os chapéus os homens incrédulos, machistas e arrogantes, porque novos caminhos estão sendo desbravados./Elas estão em busca de um grande ideal/que, brevemente, será conquistado…/Desejam viver dignamente na família e na sociedade./Perseverar pelos seus direitos alienados./poder transformar o mundo mais igualitário e humano/para que reinem a Paz, União e Fraternidade.” Ao poeta Paulo Roberto Damico os parabéns e, a todas as mulheres divinizadas por Maria Santíssima, Sacrário do Espírito Santo ao nos dar como irmão e ao mesmo tempo pai Jesus o Salvador da Humanidade e Redentor nosso que se fez pão e nos garantiu a vida eterna, flores e aplausos.