• Difícil viver na terra (Parte II)

  • 01/03/2019 13:00

    Continuando nossa apreciação, perguntamos: –  A Terra não vai sair deste estágio? Sim, sabemos que, a cada dia, vamos aprendendo e crescendo, embora este crescimento seja lento, porque, se não conseguimos um equilíbrio no viver, se ainda estamos com o pé preso em algum milênio lá de trás, teremos os irmãos daquela época nos acessando, já que fomos comparsas por conjugarmos ideias idênticas! 

    Ainda existem formas estagnadas nos campos de lutas, de batalhas, que continuam vivendo os mesmos contextos, como cada um de nós que, também, participamos destes momentos. Não somos almas novas, viemos em convivências de milênios, embora tenhamos o bloqueio atual das diversas vidas, necessário para que consigamos conviver entre irmãos mais difíceis ou mesmo nos acertarmos em nossas dificuldades e temperamentos. 

     Os noticiários sobre o mundo trazem notícias em diversificações enormes, em movimentações e atuações em todos os campos da esfera. 

    O que precisamos adquirir, então? Equilíbrio. Como buscar esse equilíbrio? Parando, ponderando e raciocinando! 

     Vamos perguntar a nós se temos equilíbrio nas nossas atitudes? Agimos de forma equilibrada? Equilíbrio é o que falta à Terra hoje, pois tudo na vida tem um preço e se não soubermos definir nosso viver dentro da justiça e da ponderação tudo se vai desvirtuar.

     Como conseguir equilibrar as disposições que nos surgem a cada instante da caminhada terrena? Vivendo, vivendo e aprendendo a equilibrar nossas palavras, pensamentos e atitudes, deixando-nos tocar pela vida, mas não inserindo, na personalidade atual, conceitos imperfeitos. Todos nos achamos perfeitos e equilibrados, mas, irmãos, se fossemos tão perfeitos não estaríamos aqui nesta esfera tão primária. 

     Temos que ver que os nossos conceitos de hoje ainda precisam de aparas, não são as máximas em verdades e virtudes, moral e caráter. Eles oscilam de acordo com a nossa vontade e os nossos interesses. Muitas vezes, trazemos alguns conceitos certos dentro de nós, mas as situações nos fazem desvirtuar neles. Por quê? Porque fugimos quando algo nos toca com força e sentimos que vamos sofrer. Fugimos, saímos de conceituações se elas não estiverem bem firmadas em nós. 

    Então, como querer o equilíbrio das coisas, se o equilíbrio íntimo está defasado? O equilíbrio gera uma harmonia? Sim, uma harmonia entre pontos de referências na matéria, por exemplo. Como conseguir o equilíbrio na lida com a matéria? Esse equilíbrio está na ponderação entre o que queremos e o que necessitamos.

    E o que acontece hoje no equilíbrio entre querer e necessitar? 

    Muitas vezes, dizemos que queremos porque queremos! Mas teríamos que perguntar primeiro: eu necessito? Não, mas esse querer que não mede é referencial de um primarismo, de uma infantilidade, assim, nos onerando bastante.

     Mas as criaturas dizem que querem porque têm direito a querer, porque acham que os seus conceitos são os certos. Quando você impõe um querer e não necessita é uma vaidade, uma ilusão, um bater de pé como fazem as crianças em sua infantilidade. 

     Todos podemos ter o que quisermos na vida material, se tivermos condições, pois trabalhamos para ter conforto e tranquilidade, não? Mas não é bem assim. Quando alguns dizem: – eu quero algo e esse algo não está lá muito certo, mas querem, por teimosia, para impor o seu poder, para demonstrarem superioridade a alguém, então esse querer é algo que não está sendo bem medido. 

    Precisamos aprender a avaliar as situações que se apresentam a nós, pois não viemos para brincar com a materialidade, mas sim, para usufruir dos benefícios que o Criador nos oferta para nos ajudar a crescer, a saberem lidar com a matéria e o Espírito, alicerçando valores e fazendo parte deste contexto perfeito que nos traz a própria vida e as possibilidades de viver na plenitude universal.

    Avaliemos nossas atitudes e pensamentos e aproveitemos cada minuto que nos foi ofertado, a crescermos em direção à Luz Maior.

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