• Conheça a trajetória de Caio Ferreira, músico petropolitano que é maestro, professor e tecladista da Banda Melim

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  • 21/jan 08:00
    Por Manoelle Rocha

    Petropolitano, músico, professor, maestro, arranjador, pianista, produtor e tecladista da banda Melim. Aos 29 anos, Caio Ferreira já possui um extenso currículo. Apesar da pouca idade, já são muitas histórias e experiências vividas, com algumas delas sendo contadas em um bate papo com a equipe da Tribuna.

    Caio também falou sobre sua vida acadêmica e as oportunidades de tocar com artistas renomados do cenário musical brasileiro.

    Inspirações

    Caio conta que cresceu em um ambiente muito musical, e que o interesse pela música foi despertado bem cedo, ainda na infância. Através do pai, que é instrumentista e cantor, teve seus primeiros contatos com a música, e com apenas 7 anos, começou a arriscar seus primeiros acordes no teclado.

    “Esse primeiro contato com o exercício de escutar muita música, de diferentes estilos, considero muito importante na minha formação e sou muito grato por ter vivido isso desde a infância”, revelou o músico.

    Além de vivenciar a música no meio familiar – o irmão também é guitarrista e baixista – ele também participava dos ensaios da igreja, onde começou a tocar na adolescência.

    “Tenho algumas pessoas que me inspiraram e me influenciaram muito positivamente e sou muito grato por tê-las encontrado”.

    Primeiro instrumento e estudos

    Caio revela que o primeiro instrumento que aprendeu foi o teclado e que começou tocando “de ouvido” e que com o tempo foi chegando ao piano, conhecendo também o repertório de música erudita/clássica.

    “Comecei tocando “de ouvido”, música popular e na igreja. Meu pai apesar de tocar, acreditava que deveria ser de forma espontânea, ouvindo bastante música”, disse.

    Além da regência, trompete, baixo, contrabaixo e violão são alguns dos instrumentos que o músico toca, mas ele conta que piano e teclado são os principais e aqueles para os quais realmente dedica seus estudos.

    Fotos: Reprodução

    Aos 13 anos, o petropolitano começou a frequentar aulas de piano na Escola de Música da Universidade Católica de Petrópolis (UCP), onde atualmente é professor. Foi lá que Caio teve seu primeiro contato com a música clássica e começou sua trajetória como cantor e pianista acompanhador no coral.

    “Tive muito incentivo do Maestro Marcelo Vizani, um grande inspirador, com quem iniciei meus estudos de regência”, revelou.

    Ele também fez o curso técnico de piano pelo Conservatório Brasileiro de Música estudando teoria musical, percepção e harmonia.

    Graduado em regência pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ingressou primeiro no curso de composição, mas como seu grande sonho era se tornar maestro, acabou migrando para o curso que hoje é formado. Durante a faculdade teve a oportunidade de ter aulas com maestros de diversas universidades de dentro e fora do país.

    Início da carreira musical

    Caio iniciou sua carreira profissional aos 16 anos, com seus primeiros trabalhos sendo em cerimônias de casamento. E não demorou muito para que ele começasse a tocar com músicos e bandas locais como Puro Pecado, Lucas Israel, Larissa Viana e Gabriel Silva.

    Maestro por formação, ele considera que o contato com outros profissionais da área e com diferentes estilos musicais foi fundamental para sua profissionalização.

    “Me considero muito sortudo por estar muitas vezes com músicos mais velhos e mais experientes, é realmente uma escola. Essas experiências trocadas e adquiridas no palco e a convivência são muito importantes pro músico. O que considero tão importante quanto estudo formal”, pontuou.

    Banda Melim

    Caio conta que entrou na banda em 2018. Tudo começou após ele e os outros integrantes serem apresentados por amigos em comum. Ele afirma ser grato por fazer parte do grupo e que além de ter sido presenteado ganhando grandes amigos, fazer parte da equipe lhe abriu muitas portas.

    “A experiência com a Melim é muito gratificante como músico e prazerosa pela qualidade e boa mensagem das músicas. Lá conheci e acompanhei grandes artistas, passei por vários lugares dentro e fora do Brasil”, contou.

    Com a Banda Melim, o petropolitano guarda boas histórias, viagens, participações em programas de TV e grandes shows. No entanto, segundo ele, os momentos mais expressivos com o grupo foram os festivais, como o Rock in Rio, além das turnês internacionais com shows pela Europa e Estados Unidos. A gravação de um álbum com a participação de Djavan também é citada com ponto alto de sua trajetória.

    “O trabalho com a Melim proporciona muitas alegrias. Ter passado por tantos lugares e ter a oportunidade de dividir trabalhos com profissionais e referências que eu jamais imaginava é uma experiência incrível, sou muito grato e feliz por isso”, destacou.

    Experiências profissionais

    Além da Banda Melim, o petropolitano já tocou com grandes nomes da música nacional e internacional, e teve a oportunidade de dividir o palco com artistas como Marina Elali, Atitude 67, com quem gravou o último DVD da banda, além de Karinah, Larissa Viana, Liah Soares, Iza, Max Viana, Saulo, Onze:20, Glória Groove, Lagum, Carolina Deslandes, de Portugal e Anselmo Ralph, de Angola.

    Foto: Reprodução

    Inspirações petropolitanas

    O maestro contou que muitos artistas petropolitanos o inspiraram e inspiram, e que sempre terá uma grande ligação com a cidade.

    Ele destacou que na música clássica os Maestros Marcelo Vizani, Antônio Gastão e Marco Aurélio Lischt serviram como inspirações e foram mestres muito importantes para sua formação.

    Planos para o futuro

    Atualmente, Caio continua lecionando na Escola de Música da UCP e acompanha alguns artistas como instrumentista. Ele também realiza trabalhos como arranjador, produtor e músico de estúdio, além de manter sempre os estudos ativos. Contou que como maestro está preparando um repertório para um concerto com coro e piano, que tem previsão de sair ainda neste semestre.

    “O foco deste concerto é a gravação do material que tem compositores brasileiros e estrangeiros de diversos períodos, além de fazer algumas coisas de compositores petropolitanos”, afirmou o maestro.

    Caio também pontua que continuar com os trabalhos, gravar composições e dar sequência aos estudos são alguns de seus objetivos futuros. Ele também deu uma dica para os artistas da cidade que desejam trilhar o caminho musical: “Persistam sempre, acreditem no trabalho e na arte de vocês e nunca desistam dos sonhos”.

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