Parabéns Célio Barbosa, 29.200 dias!
Conviver com Célio Barbosa é um privilégio.
Não obstante as vicissitudes cotidianas, elas não nos impedem da afável, magnânima, serena e meiga presença desse intelectual engalanado em raras virtudes a se derramarem em catadupas oriundas do escrínio de seu coração.
É a conjugação entre o divino e o humano, pois, sua luz alveja ao longo do caminho.
O Excelso Pai Eterno é seu Ponto Cardeal e Maria Santíssima a sua Estrela Guia. Eles o receberam em seu regaço e o conduziram ao Templo, ao Tabernáculo, à Eucaristia e à Recitação do Sagrado Terço.
Não me curvo a horóscopo, mas, diz o adágio popular: “os capricornianos são organizados, metódicos e reservados. Dão o melhor de si, especialmente no ambiente de trabalho. Não gostam de demonstrar, mas, são afetivos.”
Seguindo este diapasão, expresso o reconhecimento público-notório que o consagrou tanto nas searas das Ciências Jurídicas, quanto, na literatura, música e outras performances que o ornam.
Há 56 anos escolheu Petrópolis para viver e trabalhar.
Aqui fincou raízes profundas, conquistou a credibilidade mercê de sua inegável austeridade e elevada cultura.
Recebeu sólida formação moral e religiosa de seus pais Calixto e Celina Barbosa.
É irmão de Carlos, Maria Helena (ambos falecidos) e ainda de Cleia, professora e Celso, irmão gêmeo, músico, professor e funcionário público jubilado.
Célio é Fluminense de Três Rios, RJ (e seus ascendentes de casta africana que teve como porto seguro a cidade de São Salvador – Bahia e Minas Gerais, Ouro Preto, São João Del Rei e Santana do Deserto), colou grau pela Faculdade de Direito na Universidade Católica de Petrópolis, em 1973, é Poeta e Músico Internacional.
Figura em diversas Antologias, entre elas “Anuário de Poetas Petropolitanos”, “Caminhando Juntos”, “Dicionários de Poetas Contemporâneos”, “Nossos Poetas I, II e III”, Revistas Argila e Mosaico, dentre outros.
A música e a poesia encontram-se mescladas na obra deste Artista, que compõe melodias e letras – ora musicando poesias de sua autoria, ora criando versos para acompanhar as harmonias que produz.
Influenciado pelo Jazz Americano, profundo conhecedor da Música Popular Brasileira, trombonista de Orquestras onde sempre é solista inspirado, Célio Barbosa já granjeou todo um prestígio artístico à volta de seu nome, partindo de Três Rios, firmando-se em Petrópolis, alcançando o Rio de Janeiro, até atingir fronteiras internacionais, convidado a se apresentar inúmeras vezes no Japão e EUA, América do Sul, além de diversas incursões pela Europa e Oriente Médio.
“Ad perpetuam rei memoriam” desfilam entre os incontáveis astros com os quais conviveu ou atuou, dentre eles, Sarah Vaughan, Elis Regina e Elizeth Cardoso, Lisa Ono, Leny Andrade, Clara Nunes, Beth Carvalho, Clementina de Jesus, Luvercy Fiorini, integrando também aos elencos dos consagrados artistas Walter Wanderley, Waldyr Barros, (irmão do também, músico Manoelzinho Barros, integrantes do Conjunto Azteca) Juarez Araújo, Sargentelli, Norato (Orquestra Sinfônica de Niterói-RJ), Sadau Watanabe e na cidade de Petrópolis em concertos do amigo e consagrado pianista Fernando Mora, Carlos Alberto e Celso Barbosa, incluindo Lana Bittencourt, Julie Joy, Lena Lanari ( quantas vezes atuou sob os acordes de Tom Jobim, com quem viajava constantemente aos recitais musicais no Rio de Janeiro), Marly Silva, aqui conhecida pelo nome artístico Marly de Castro, José Francisco Silvestre, baterista, Zezinho guitarrista, Chiquinho Netto, pianista, Walter Copacabana e é claro, Titto Santos, de quem falarei ao final desta resenha.
Participou com sucesso de inúmeros festivais de música, inclusive universitários, de TVs, destacando-se a Manchete. “O poeta sempre foi junto com o músico”.
Ambos interligam-se sem distinguir onde começa um e onde finda o outro.
Personalidade respeitada, admirada pelo bom caráter e benevolência para com os amigos; com uma veia lírica e terna em sua poesia, mas também com uma produção que deixa transparecer um senso de fatuidade, um vácuo existencial, uma reflexão sobre o niilismo de cotidiano onde encontra um “circo de ilusões” como se percebe no Poema “Gotas de Solidão”.
Célio Barbosa, na poesia, admira Fernando Pessoa, Carmen Felicetti e, também me inclui em seus poetas preferidos.
Referir-se a mim, atribuo à generosidade de sua alma, mas é, sobretudo, ardente cultor da obra poética de todos os grandes compositores e deixaram os clássicos poemas musicados, hoje é acervo da rica e excepcional Música Popular Brasileira.
É detentor da Medalha Tiradentes, maior condecoração conferida pelo Poder Legislativo do Estado do Rio de Janeiro, Comenda alusiva ao seu Jubileu de Ouro profissional ocorrido em dezembro de 2023, Medalha do Mérito Jurídico conferida pela Ordem dos Advogados do Brasil – 3ª Subseção Petrópolis, Rio de Janeiro, é Membro Emérito da Academia Petropolitana de Letras Jurídicas e Membro Honorário da Academia Petropolitana de Letras, é Membro Emérito da Academia Brasileira de Poesia, Casa Raul de Leoni, Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Uruguaiana – RS, da Academia de Letras e Artes de Paracambi, da Academia Internacional de Lutéce – sediada em Paris, França, da União Brasileira de Trovadores, Seção Petrópolis-RJ, Prêmio Destaque Jurídico de 2023 conferido pela Câmara Municipal de Petrópolis, RJ, Cidadão Petropolitano, cujo título lhe foi outorgado em cerimônia pública através da Resolução nº. 360/1978, etc.
Célio Barbosa realizou diversos cursos de Pós-graduação nas searas do Direito destacando-se as Universidades de Coimbra, Lusíadas, Luiz de Camões e Sorbone, já que é advogado militante e dos mais atuantes, mercê de sua competência e prestígio.
Mantém por 51 ininterruptos anos o escritório Doutores Costa e Barbosa Advogados, aonde a lisura e competência o conduziram ao podium da excelência e respeito mútuo.
Com muita justiça, Célio Barbosa recebeu do Cantor e Jornalista Titto Santos, com quem já viajou pelo mundo, o título de “O Trombone de Ouro do Brasil.”
Impossível traçar completa biografia de Célio Barbosa, mesmo em perfunctória síntese; convenhamos, discorrer acerca de vinte e nove mil e duzentos dias é hercúlea tarefa, prefiro parafrasear o contemporâneo Roberto Carlos e cantar: “Eu tenho tanto pra lhe falar…”
Feliz de quem tem a primazia da salutar cordialidade de Célio Barbosa e desfruta da inabalável fé, perseverança, princípios éticos, morais e religiosos e inegáveis exemplos a serem seguidos.
Parabéns Célio Barbosa, você, também é nosso Anjo Tocheiro, porque deixa um rastro de luz por onde passa.