• Nossa história não pode se tornar cinzas

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  • 21/02/2019 10:00

    Cada vez mais fica claro que são necessários novos projetos e formas de prevenção de acidentes. É importante que façamos projetos para defender a vida das pessoas e a nossa história e futuro. Nos últimos anos, nós acompanhamos notícias como o incêndio do Museu Nacional e, este ano, as chamas também consumiram o dormitório de jovens sonhadores no Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro. Um trágico capítulo da história carioca.

    Até quando vamos ver sonhos sendo despedaçados pela falta de responsabilização? Por quanto tempo iremos ler estas notícias? Será que estamos caminhando para nos habituar com esta realidade? Não podemos aceitar.

    No centro da cidade de Petrópolis, um local histórico, as chamas também consumiram três estabelecimentos. São sonhos construídos com muito trabalho, que se acabam em minutos. É para evitar este tipo de situação que fiz o encaminhamento, na Câmara Municipal de Petrópolis, de uma indicação legislativa para a prevenção de incêndios em prédios históricos. Agora cabe a Prefeitura o encaminhamento do projeto para que seja aprovado.

    Mas, ao mesmo tempo que busco mudanças que tornem a nossa cidade mais segura, nos deparamos com o descaso, com a falta de compreensão do valor da prevenção. Ainda este mês, a Tribuna de Petrópolis publicou uma matéria onde apresentava o cenário que mostrava a situação dos Teatros e o Centro de Cultura, que ainda não tinham licenças do Corpo de Bombeiros. Como aceitar? Precisamos de ações urgentes para evitar que nossa história e cultura se tornem cinzas.

    Com coragem para aplicar medidas preventivas e presença constante, que se faz nas fiscalizações, podemos transformar a nossa realidade e criar um novo futuro. Respeitando o nosso passado e abrindo espaço para que os sonhos das futuras gerações se realizem. Eles não podem ser interrompidos.

    Você imagina um futuro em que seus filhos, netos, bisnetos, não poderão mais apreciar o Museu Imperial, a Casa de Santos Dumont, o maravilhoso painel da Djanira, que nem mesmo está exposto? Vamos prevenir para poder progredir e criar um amanhã muito melhor.

    Em matéria publicada pela BBC Brasil, o cenário se mostra alarmante em todo o território nacional. No título da matéria já está a afirmação de um especialista, “Não existe fogo acidental, todos são resultados de falhas”. E, no decorrer do texto apresentado, pela jornalista, a importância de medidas em nível municipal e estadual.

    Sim, é o município um dos grandes responsáveis pela política de prevenção a incêndios e é dele que devem vir as soluções objetivas para o problema. 

    Se em outros países vemos medidas efetivas e ações de simulações, defesa contra tragédias, por que não no Brasil? É desta maneira que queremos construir um novo país. Que se preocupe com sua população, com seus habitantes, com sua história, com seu alvorecer. 

    Outro fator que é importante destacar são as nossas florestas. Em um artigo publicado pela European Commission, em setembro de 2018, mostra que nem os países desenvolvidos têm adotado medidas de prevenção às queimadas nas matas. Precisamos nos adiantar, pensar em estratégias legais para mudar este pensamento. Buscar, de forma efetiva, um trabalho unificado com o Estado, para trazer para o nosso município, novos caminhos para prevenir este tipo de catástrofe.

    Além disto, temos que analisar os materiais que são feitas as estruturas de contêineres em nossa cidade. Verificar cada uma para analisar se há alguma irregularidade. Enfim, o trabalho tem que continuar em todas as instâncias, buscando sempre priorizar o bem-estar social e a transformação da vida das pessoas.

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