Horário de verão terminou: você já atrasou o relógio?

O horário de verão chega ao fim na noite deste sábado. A partir de meia-noite, os relógios deverão ser atrasados uma hora. Junto com esses 60 minutos, irão embora também os dias aparentemente mais longos, por conta da sensação de que o pôr do sol ocorre mais tarde. O ajuste vale para as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal).

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O horário de verão, entre outros objetivos, tem a função de preservar o meio ambiente, evitando a poluição que é produzida pela queima de combustível fóssil para geração de energia de origem térmica. Além disso, a mudança é justificada com a intenção de melhor a qualidade de vida da população, já que os dias são, teoricamente, melhor aproveitados, e as atividades de lazer podem ser feitas com mais segurança ainda à luz do dia.

Entretanto, há quem diga que os efeitos para saúde não são tão positivos assim. Alguns trabalhadores relatam que a mudança do horário provoca alterações no seu relógio biológico, principalmente nas de mais idade. “Eu já sou idosa e, por isso, normalmente costumo dormir cedo. O horário de verão me atrapalha porque quando quero deitar ainda está claro. Aí acaba que eu durmo mais tarde também”, contou a aposentada Maria Medeiros dos passos, de 66 anos.

Por mais que pareça sutil, a mudança mexe bastante com a rotina de inúmeros petropolitanos. Balconista de uma padaria do Centro, Karina Castro, de 31 anos, afirma que se sente mais cansada do que o usual. “O meu período de adaptação nessa época é sempre muito complicado. Fico exausta nas primeiras semanas e quando me vejo acostumando com a mudança já preciso atrasar o relógio de novo e voltar à antiga rotina. É claro que sair do trabalho ou de outros compromissos com o dia ainda claro é legal, mas no meu caso não compensa todo o cansaço”, reclama. 

Outro fator que, segundo a população, causa transtornos, é a programação dos programas de televisão, que seguem o horário oficial de Brasília, fazendo com que os estados que não adotam horário de verão, precisem se adaptar à mudança.

Para o jornaleiro Ademir de Araújo, de 60 anos, o fim do horário de verão é uma tristeza. Apesar de admitir o cansaço, ele diz que o esforço acaba por valer a pena. “Adoro chegar em casa do meu trabalho e ainda estar claro. Posso dizer que aproveito bem mais o dia. Sem contar que acaba dando mais vontade de sair, de fazer um passeio, apreciar uma vista ainda cheia de luz, aproveitar o ar puro do mundo mesmo. Por mim poderia durar o verão inteiro mesmo”, afirmou.

“Você acaba economizando nas contas de luz sim. Além de ficar mais claro por mais tempo, para pessoas como eu que gostam de sair, por exemplo, é bem melhor no período do horário de verão, já que a gente pode ficar na rua por mais tempo. Eu acho ótimo também e não gosto quando acaba”, disse o vidraceiro Felipe Miranda.