• Estado do Rio está entre os três com a energia elétrica mais cara do Brasil

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  • 15/02/2019 14:30

    O Rio de Janeiro é um dos três estados com a tarifa de energia mais cara do Brasil. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel, revelam que o valor de R$ 1,00 por kWh fica atrás apenas do Amazonas e do Pará, com respectivamente R$ 1,07 e R$ 1,02 a cada kWh. As bandeiras tarifárias subiram ainda mais o valor das contas de luz que chegam a casa do consumidor. O modelo que funciona há quatro anos no Brasil tem as cores verde, amarela e vermelha, que servem como sinalizador do custo de geração de energia. Neste mês, está em vigor a verde,  que não traz cobranças adicionais aos consumidores.

    Entre os estados com as tarifas mais baratas estão o Rio Grande do Norte, com apenas R$ 0,73 kWh, seguido do Ceará ,R$ 0,75 kWh, e Amapá R$ 0,78. Diante de altos custos, empresas e indústrias vêm apostando em soluções como a energia solar e o uso das lâmpadas de LED, que reduzem em até 80% o consumo. No ano passado, houve elevação de aproximadamente 15% nas tarifas. Em 2017, a porcentagem também esteve na casa dos dois dígitos: 14%.

    A Tribuna de Petrópolis buscou ouvir os petropolitanos para saber o que acham sobre as taxas cobradas pelo consumo mensal. “Na minha casa moram quatro pessoas e pagamos aproximadamente R$ 350 todos os meses. É um absurdo. São taxas altíssimas, impostos absurdos e esse mês veio ainda mais caro que as últimas contas. E isso mesmo sem estar em casa durante todo o dia consumindo energia. Foi um aumento de R$ 100 de um mês pro outro”, disse a fotógrafa Rosana Machado. 

    A comerciante Joseli Ribeiro está revoltada com os altos preços que são cobrados todos os meses. Em sua loja no Centro Histórico, o valor pago todos meses variava de R$ 150 a R$ 180. Neste mês, a cobrança ultrapassou os R$ 600. “Preço alto é pouco pra classificar isso”, diz. 

    Uma das críticas é também a taxa de iluminação pública, serviço que apresenta falhas em diversas localidades e acaba sendo um custo a mais para os clientes. “No mês de janeiro  a concessionária colocou uma taxa de R$ 122 pra eu pagar, além do que eu havia utilizado mensalmente, tive que correr atrás pra eles estornarem. Minha conta está vindo um absurdo”, diz Lubianca Gall. 

    “Pagava uma média de R$ 100 e nos últimos meses está entre R$ 160 e R$ 180. A nossa rotina continua a mesma. E tem ainda a taxa de iluminação pública, que é caríssima e não tem opção de tirar.  Em um mês a conta veio R$ 377 e no mês seguinte R$ 567. Depois de muito estresse, tivemos que pagar a conta e só tempos depois eles admitiram o erro e nos estornaram a outra. Se eu não tivesse pago  ainda poderia ter o corte do serviço e nem na justiça resolveu”, disse um consumidor. 

    Por meio de nota, a Enel Distribuição informou que não há qualquer irregularidade no processo de medição e faturamento da companhia. A empresa acrescentou que, com as altas temperaturas do verão, há aumento no consumo de energia, devido ao uso mais frequente da geladeira, de aparelhos de ar-condicionado e ventilador, por exemplo. A distribuidora esclarece ainda que não houve alteração de tarifa no mês de janeiro de 2019.

    A companhia ressaltou que em uma conta de luz no valor de R$ 100, apenas R$ 22,7 são destinados às atividades da distribuidora, para operação, expansão, manutenção da rede de energia elétrica e para remuneração dos investimentos. Cerca de R$ 31,20 são destinados ao pagamento de impostos e R$ 12,6 são encargos setoriais. Além disso, R$ 26,5 são direcionados a custos de energia e R$ 6,9 à transmissão.

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