• Petropolitano embarca em aventura de percorrer três continentes de moto

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  • 14/02/2019 16:20

    Muita gente já assistiu ao famoso filme “Diário de uma Motocicleta”, dirigido por Walter Salles e que narra a ida do então estudante de medicina Ernesto Che Guevara e Alberto Granado que, em 1952, percorreram quatro países sul-americanos. A aventura dos argentinos, 67 anos depois, ainda é comentada. Mas um petropolitano, por razões diferentes dos hermanos, vive atualmente a sua façanha em percorrer na moto por três continentes.

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    O autor da façanha se chama Ricardo Lyra, de 64 anos e um dos maiores conhecedores de motocicleta no país. Não é exagero afirmar que ele é uma referência nacional, pois além da sua vida empresarial bem-sucedida no ramo do esporte com motor, foi o responsável pela preparação das motos das antigas equipes Nabisco e Ipiranga, que fizeram sucesso nas décadas de 80 e 90 no motocross. Sua atuação eficaz e estudiosa ajudou o piloto Guido Salvini Neto a ter condições de assumir o posto de um dos principais do país na modalidade em sua época.

    Lyra resolveu testar uma antiga motocicleta Yamaha, fabricada em 1993, em uma das maiores aventuras sob duas rodas que um brasileiro tenha feito. A decisão de testar a antiga máquina foi encarada por muitos como uma “loucura”, mas para quem conhece como poucos o esporte com motor, é algo menos complicado. E espera concluir nos próximos meses. Diariamente, além de falar com familiares, mantém contatos com o amigo e outra lenda do esporte, Carlos Salvini, com quem troca mensagens constantes sobre o dia-a-dia de sua viagem.

    Saída da Flórida e parada no Peru

    A fim de realizar uma aventura de muitos quilômetros sobre uma motocicleta de 26 anos, Ricardo resolveu colocá-la em ação durante milhares de quilômetros dos três continentes. Por isso, decidiu que a largada acontecesse na casa de Guido Salvini, seu ex-pupilo e amigo da família no dia quatro de janeiro. Da Flórida, o veterano de Petrópolis partiu para os meses de andarilho sob duas rodas, cujo objetivo final será o Brasil, mais especificamente Petrópolis, cidade onde trabalha e nasceu.


    Desde então, o piloto ultrapassou estados do sul da terra do Tio Sam até chegar ao México. De lá, seguiu por estradas sinuosas e ruins até deixar esse importante país. Em seguida, ultrapassou os limites de vários países da América Central até chegar ao Panamá, já que precisava estabelecer uma ponte até a Colômbia. Isto porque, seria bem arriscado continuar com seu equipamento pelos países em seu caminho.

    Ele cogitou seguir para Colômbia de navio, mas desistiu e recorreu a uma empresa de avião. A princípio, queria chegar a Cartagena, mas terminou na capital Bogotá. De lá, foi para a fonteira da nação com o Equador. No momento, segue seu trajeto para o Perú, já que lá tem uma filha que deseja visitar. Depois dali, virá para o Brasil, percorrendo todos os estados até alcançar o Rio, onde seu destino final será Petrópolis.

    Amigos de longa data, Ricardo Lyra e Carlos Salvini compartilham bons papos e lembranças que remetem aos bons momentos do motociclismo petropolitano. Em uma conversa com a Tribuna, Salvini recordou de uma viagem que fizeram com Guido Salvini para a Califórnia, costa oeste dos Estados Unidos, para fazer um curso com um famoso piloto de motocross da época. Esse laço se fortaleceu nos anos seguintes. “O ricardo é uma fera, um dos maiores nomes do motociclismo nacional. Temos uma amizade de longa data e essa sua aventura lembra uma parecida que fiz no Chile. E com toda a idade que tem, demonstra um espírito que serve de exemplo para muita gente”, finalizou Carlos.

    Lyra na fronteira Colômbia X Equador

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