Parte de cobertura de um prédio desaba na rua Carlos Gomes

Parte da cobertura de um prédio em construção cedeu na noite de ontem enquanto operários trabalhavam no terceiro andar do imóvel, que fica na Rua Carlos Gomes, próximo ao número 88, no Centro. 

Segundo moradores, o incidente aconteceu por volta de 19h, enquanto uma betoneira bombeava concreto para a parte de cima do imóvel. “Eu estava deitada por volta das 19h quando ouvi um estrondo que até tremeu a casa. Eu sai correndo, pensando que o prédio estava caindo. O barulho foi muito forte”, disse uma mulher que mora próximo. Ela contou à nossa equipe que correu  para a rua com medo de um desabamento. “Eu saí correndo, porque pensei que toda a construção viria abaixo”. 

Uma outra mulher, que mora quase em frente ao prédio, e também não quis se identificar, contou à nossa equipe que mesmo depois do ocorrido os funcionários continuaram a bombear o concreto para a laje do prédio. “Eu fiquei olhando e, mesmo depois da cobertura ceder, eles continuaram enchendo a laje de concreto e o peso aumentando. Eu fiquei preocupada. Não sou engenheira, mas meu marido já teve loja de construção e sei que se já tinha acontecido aquilo, com uma falha dessas não poderiam continuar enchendo de concreto porque com o aumento do peso era bem provável que descesse o resto da obra”, contou.

Segundo testemunhas, depois do incidente, uma equipe com engenheiros e técnicos foi até o local e visitou as casas próximas para analisar possíveis danos. No entanto, nenhuma residência foi atingida. De acordo com moradores, a sorte foi que a parte da construção que caiu não atingiu a calçada. “Se fosse um pouco mais perto da calçada e caísse sobre quem passava pelo local ia ser complicado. Nessa hora tinha muito movimento, o trânsito estava todo congestionado, porque era o horário do rush, onde muita gente se desloca em direção ao Bingen, principalmente para a Estácio.

A Tribuna foi até o local, mas os funcionários preferiram não se pronunciar sobre o caso. Do lado de fora da construção há várias placas de licença, inclusive do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan. O imóvel, que pertence a uma incorporadora do distrito de Itaipava, terá três andares com residências de um a três quartos. Segundo o dono da empresa responsável pela obra, a laje do imóvel cedeu devido a um problema com as escoras. “Foi uma falha no escoramento que provocou a queda de parte da laje. Isso aconteceu quando terminavam de bater o concreto da laje”, explicou. Ainda segundo ele, o problema já foi resolvido. “Já está tudo sendo feito. Vamos trabalhar durante todo o fim de semana para evitar mais problemas. Uma equipe com engenheiros e técnicos em segurança foi imediatamente para o local e analisou todo o projeto e a obra para garantir a segurança tanto dos funcionários quanto dos moradores próximos e também dos pedestres” concluiu, afirmando que telas de proteção e um novo sistema de segurança já está sendo implantado para que não aconteça mais nenhum imprevisto.